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número

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númeronúmero
( nú·me·ro

nú·me·ro

)


nome masculino

1. Relação entre uma quantidade e outra quantidade, tomada como termo de comparação e chamada unidade.

2. Partes da unidade.

3. Algarismo.

4. Quantidade, porção.

5. Posição de algo numa sequência ordenada.

6. Exemplar de uma publicação periódica.

7. Categoria, classe, tipo.

8. [Gramática] [Gramática] Categoria gramatical que expressa a propriedade de as palavras variáveis (adjectivos, artigos, pronomes, nomes e verbos) representarem unidade ou pluralidade.

9. [Literatura] [Literatura] Cadência, harmonia.

10. Bilhete de lotaria.

11. Cada uma das partes executadas (de dança, música, etc.) de um espectáculo de variedades.

12. Medida de roupa ou calçado. = TAMANHO

13. [Informal] [Informal] Pessoa cómica, que facilmente provoca o riso dos outros.


áureo número

[Astronomia] [Astronomia]  Número de ordem de um ano no ciclo lunar.

fazer número

[Informal] [Informal] Estar presente sem desempenhar um papel activo, apenas como parte do número de participantes de um grupo ou conjunto.

número atómico

[Física, Química] [Física, Química]  Número de protões no núcleo de um átomo (símbolo: Z).

número complexo

[Matemática] [Matemática]  O que é expresso por uma certa unidade com suas divisões.

número composto

[Aritmética] [Aritmética]  Número inteiro que não é número primo.

número de identificação fiscal

[Portugal] [Portugal] Sequência de nove algarismos que permite identificar, para efeitos fiscais, cidadãos ou entidades perante a autoridade tributária e aduaneira (sigla: NIF).

número de massa

[Química] [Química]  Número total de partículas (protões e neutrões) que constituem o núcleo de um átomo (símbolo: A).

número de polícia

Número, por vezes acompanhado de letras, que permite identificar um edifício, uma habitação, uma entrada ou um recinto, geralmente colocado ou inscrito por cima ou ao lado de uma porta.

número de série

Código, geralmente composto por números e letras, que identifica cada produto de uma série.

número dual

[Gramática] [Gramática]  O que indica dois. = DUAL

número finito

[Matemática] [Matemática]  Aquele cujo valor se pode bem determinar.

número fraccionário

[Aritmética] [Aritmética]  Número composto de inteiro e quebrado próprio.

número heterogéneo

[Aritmética] [Aritmética]  O composto de unidades e fracções.

número irracional

[Matemática] [Matemática]  Número que não pode ser representado pelo quociente de dois números inteiros.

número natural

[Aritmética] [Aritmética]  A série dos números das tábuas logarítmicas (em oposição aos logaritmos).

número plural

[Gramática] [Gramática]  O que indica mais de um. = PLURAL

número primo absoluto

[Aritmética] [Aritmética]  Número inteiro que só é divisível por si mesmo ou pela unidade.

número quântico

[Física] [Física]  Número que exprime o estado quantitativo dos electrões num átomo.

número racional

[Matemática] [Matemática]  Número, inteiro ou fraccionário, que pode ser representado pelo quociente de dois números inteiros.

número reprodutivo

[Medicina] [Medicina]  Número de novas infecções que se prevê que possam ser geradas a partir de uma pessoa infectada.

número singular

[Gramática] [Gramática]  O que indica só um. = SINGULAR

números primos entre si

[Aritmética] [Aritmética]  Os que só têm por máximo divisor comum a unidade.

números proporcionais

[Aritmética] [Aritmética]  Os que indicam as relações em que as diversas substâncias se podem combinar.

o maior número

A maioria.

sem número

Inumerável.

etimologiaOrigem etimológica:latim numerus, -i.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:numeração.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).



Sou portuguesa e trabalho com colegas brasileiros e sei que eles escrevem Bahia, Cingapura e Irã quando eu escrevo Baía, Singapura e Irão. Não tenho ouvido falar destes casos quando se fala do novo Acordo Ortográfico. Como é que fica agora?

Alguns topónimos têm tradicionalmente grafias ou pronúncias diferentes na norma europeia e na norma brasileira. É o caso, por exemplo, de Amesterdão, Bagdad ou Bagdade, Gronelândia, Havai, Jugoslávia, Madagáscar, Madrid, Médio Oriente, Moscovo, Vietname na norma europeia, que correspondem usualmente a Amsterdã, Bagdá, Groenlândia, Havaí, Iugoslávia, Madagascar, Madri, Oriente Médio, Moscou, Vietnã na norma brasileira. É aqui que se inserem também os topónimos Baía e Irão, mais usuais no português de Portugal, e Bahia e Irã, mais usuais no português de Brasil.

Em geral, o novo Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em relação a topónimos (nomes de lugares) ou outros nomes próprios, pois trata-se de uma questão lexical e não ortográfica, a não ser que se trate de um padrão ortográfico específico previsto numa das bases do Acordo (ex.: Castanheira de Pêra, Côa, Tróia). Por este motivo, estas diferenças não são resolvidas e deverão manter-se com a aplicação do Acordo.

O caso de Singapura/Cingapura parece ser diferente, apesar de ter sido também, até ao Acordo Ortográfico de 1990, um caso em que a tradição lexicográfica (isto é, o registo em dicionários e vocabulários) portuguesa e brasileira divergia.
Esta divergência vinha pelo menos do Acordo Ortográfico de 1945 (que o Brasil não aplicou), onde se pode ler, na Base V, "[...] 3.° Distinção entre as sibilantes surdas s, ss, c, ç e x: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa [...]" [sublinhado nosso]. Anos antes, em 1940, era Cingapura a forma registada no Vocabulário da Academia das Ciências de Lisboa, considerada "grafia preferível a Singapura". A explicação para a alteração preconizada pelo Acordo de 1945 é dada por Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida - Livraria Editora, L.da, 1947, p. 41, nota 4): "Se bem que o Vocabulário da A. C. L. tenha registado a escrita com c, Cingapura, fundando-se na preferência que lhe dão filólogos do nosso tempo (entre outros, Cândido de Figueiredo, Novo Dicionário, "Apenso Geográfico"), não nos repugna, antes pelo contrário, que na Base V do Acordo Ortográfico se haja preferido Singapura. A verdade é que se a escrita com c tem abonação de Barros, Camões, Castanheda (Cincapura), Mendes Pinto (idem), a escrita com s ocorre também em escritores antigos, como Galvão (Sincapura), Couto (idem), Godinho de Herédia (idem), Bocarro (Sincapur); é a que se torna corrente do século XVIII em diante [...]; e tem a vantagem, decerto apreciável, de não destoar das formas correspondentes de outras línguas modernas."

O Acordo Ortográfico de 1990, aceite pelos dois países, viria, aparentemente, pôr fim a esta divergência, uma vez que esta parte do texto legal é quase igual à de 1945: "[...] 3.º Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa [...]" [sublinhado nosso]. É então referida explicitamente a forma Singapura, mas o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (São Paulo: Global, 2009, 5.ª ed.; versão em linha em http://www.academia.org.br/nossa-lingua/vocabulario-ortografico [consultado em 2016-05-05]) regista os gentílicos cingapurense e cingapuriano, a par de singapurense (note-se que este vocabulário não regista nomes próprios). Este facto parece ter condicionado a manutenção das variantes com c em alguns dicionários com a aplicação do Acordo Ortográfico, nomeadamente o Dicionário Priberam, uma vez que o VOLP é considerado a obra de referência para o português do Brasil, fazendo com que as duas variantes (singapurense e cingapurense) sejam aceitáveis no português do Brasil, mesmo depois da aplicação do Acordo Ortográfico.

Deve referir-se que esta não é a única opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico; veja-se, sobre este assunto, o que é dito nos Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990 (português do Brasil).