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molho

A forma molhopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de molharmolhar] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
molho1molho1
|mó| |mó|
( mo·lho

mo·lho

)


nome masculino

1. Conjunto de produtos do mesmo tipo, geralmente alinhados pelo comprimento e atados pelo meio (ex.: molho de palha; molhos de lenha). = BRAÇADO, FEIXE, LIO, PAVEIA

2. [Por extensão] [Por extensão] Porção de coisas que a mão pode abranger (ex.: molho de rabanetes; molho de salsa). = MÃO-CHEIA, PUNHADO

3. [Por extensão] [Por extensão] Conjunto de coisas semelhantes unidas ou atadas (ex.: molho de chaves).


ao molho

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Em grande quantidade e geralmente de maneira confusa (ex.: os miúdos dormiram todos ao molho no mesmo quarto). = À MOLHADA

aos molhos

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Em grande quantidade; em abundância (ex.: casos como este são aos molhos; temos lá disso em casa aos molhos). = AOS MONTES

molho de brócolos

[Figurado] [Figurado] Situação complicada ou difícil (ex.: esta cidade é o exemplo perfeito do molho de brócolos em que se tornou o ordenamento urbano).

molho de tripas

[Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Pessoa desajeitada, sem graça ou sem elegância.

etimologiaOrigem etimológica:latim *manuculus, de manipulus, -i, punhado, estandarde, manípulo, companhia, bando.

vistoPlural: molhos |mó|.
iconPlural: molhos |mó|.
Ver também resposta às dúvidas: plural de molho e significado de molho.
molho2molho2
|mô| |mô|
( mo·lho

mo·lho

)


nome masculino

1. [Culinária] [Culinária] Preparado líquido, de consistência mais ou menos cremosa, que acompanha certos pratos ou sobremesas (ex.: molho de tomate; molho picante; semifrio com molho de frutos vermelhos).

2. [Culinária] [Culinária] Líquido resultante da confecção de alguns alimentos (ex.: junte umas fatias de pão torrado ao molho da caldeirada).

3. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Chuva.

4. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Confusão ou pancadaria (ex.: hoje houve molho depois do jogo).


dar molho

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Desenrolar-se com problemas ou com possibilidade de haver conflito físico (ex.: essa história ainda vai dar molho).

de molho

[Informal] [Informal] Em imersão num líquido, geralmente água, por determinado tempo (ex.: o bacalhau ficou várias horas de molho; pôr a roupa de molho).

[Informal] [Informal] Em repouso devido a doença ou lesão (ex.: após a cirurgia ao joelho, passou um mês de molho em casa).

molho branco

[Culinária] [Culinária]  Molho que é feito de leite, farinha, manteiga e limão.

molho de soja

[Culinária] [Culinária]  Molho salgado de cor castanha muito escura, preparado a partir de grãos de soja e de trigo ou cevada fermentados em salmoura.

molho tártaro

[Culinária] [Culinária]  Molho feito com uma base de maionese, a que se juntam especiarias, ervas e mostarda.

molho verde

[Culinária] [Culinária]  Molho de maionese a que se adiciona salsa, alcaparras, pepino, tudo picado muito fino, com um pouco de vinagre e temperos.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de molhar.

vistoPlural: molhos |mô|.
iconPlural: molhos |mô|.
Ver também resposta às dúvidas: plural de molho e significado de molho.
molharmolhar
( mo·lhar

mo·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Embeber em líquido.

2. Humedecer.

3. Cobrir de líquido.


molhar a sua sopa

Ter quinhão, ter parte.

molhomolho

Auxiliares de tradução

Traduzir "molho" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Agradecia que me informassem qual a palavra correta, prefabricado ou pré-fabricado, e se possível qual a regra para as palavras hifenizadas.
Nenhuma das formas prefabricado / pré-fabricado pode ser considerada incorrecta, uma vez que existem ambos os prefixos pre- e pré- com o sentido de anterioridade e que não há consenso em relação ao registo destas palavras.

Com efeito, o registo das formas prefabricado / pré-fabricado não é consensual nas obras lexicográficas portuguesas, situação que ocorre há já muito tempo. A título de exemplo, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de António de Morais Silva (10.ª ed., Lisboa: Editorial Confluência, 12 vol., 1949-1959), regista apenas as formas justapostas pré-fabricado e pré-fabricar, enquanto o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista apenas as formas prefabricado e prefabricar. Se compararmos obras lexicográficas mais recentes, verificamos que a falta de consenso se mantém: por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa / Editorial Verbo, 2001) regista unicamente as formas hifenizadas, mas o Grande Dicionário Língua Portuguesa, (1.ª ed., Porto: Porto Editora, 2004) regista ambas as formas, com e sem hífen, remetendo pré-fabricado e derivados para prefabricado e derivados, onde se encontram as definições. Esta opção da Porto Editora parecer ter sido entretanto revista porque, no dicionário disponível presentemente online, apenas surgem registadas as formas com hífen: pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação [consultas em 18-01-2017].

Tal flutuação parece não ter equivalente na presente dicionarização da norma brasileira, pois os principais dicionários e vocabulários brasileiros consultados registam apenas as formas hifenizadas (pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação), ainda que consultas em corpora e em motores de busca da Internet revelem que há alguma flutuação gráfica no uso dos falantes. Aliás, a tendência, na norma brasileira, parece ser a da manutenção do hífen, como se pode constar em outras derivações semelhantes, que, na norma portuguesa, permanecem sem hífen. Veja-se, por exemplo, os casos de pré-habilitar, pré-adaptar, pré-adivinhar, pré-formar ou pré-limitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (norma brasileira [consultas em 18-01-2017]), a par dos correspondentes preabilitar, preadaptar, preadivinhar, preformar ou prelimitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (selecção: Portugal [consultas em 18-01-2017]). Um caso de aparente flutuação gráfica é o de prealegar, que só surge assim no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, mas que se encontra hifenizado (pré-alegar) no Dicionário Aurélio. O Dicionário Houaiss (versão electrónica 1.0.5.a, Novembro de 2002) apresenta outros casos de flutuação quando refere, no prefixo pré-, que “[...] na medida em que um emprego de pré- tende a vulgarizar-se, na mesma medida tende a passar a pre- [sic]: o V.O. consigna o fato com registros dúplices: pré-contração/precontração, pré-cordilheira/precordilheira, pré-forma/preforma, pré-formar/preformar etc.”. Dos pares apontados, presentemente, o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras regista apenas o par pré-cordilheira/precordilheira, tendo os restantes sido reduzidos às formas hifenizadas.

Sobre este assunto, o texto do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), mais precisamente a alínea f) do ponto 1.º da Base XVI, afirma o seguinte:
“[Usa-se o hífen] Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônico (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).”

O trecho acima só aparentemente resolve a situação, pois, a par das formas hifenizadas apresentadas com os prefixos pós-, pré- e pró-, os exemplos pospor, prever e promover surgem acima como casos de prefixação, e são-no, só que num estádio anterior à língua portuguesa, pois eles derivam do latim postponere, praevidere e promovere, respectivamente. Para além disso, prever, tal como predefinir ou predispor, tem a vogal da primeira sílaba fechada (lê-se pre... e não pré...), o que pode levar à inferência de que as derivações por prefixação com pre- são sempre lidas dessa maneira. Ora não é isso que acontece, por exemplo, em preconceber, preestabelecer ou preexistir (e seus derivados: preconcebida, preestabelecimento, preexistentes, etc.), derivações já estabilizadas na língua e cuja vogal da primeira sílaba permanece aberta (lê-se pré... e não pre...).

O que o texto do AO90 faz, no caso de flutuação gráfica, é legitimar uma tendência que ocorre em ambas as variedades do português, mas que só estava dicionarizada na norma brasileira, para escrever e ler pré- quando a vogal é aberta, tendência que parece reflectir-se nos casos de formações mais recentes (ex.: pré-datar, pré-qualificação) e nos casos em que é possível conceber um equivalente com pós- (ex.: pós-datar, pós-qualificação). O que o texto do AO90 não faz é dizer explicitamente que não se pode escrever uma forma aglutinada com pre- quando a vogal é aberta, como prefabricado, razão pela qual, neste caso, o Dicionário Priberam regista ambas as grafias.

Por fim, relativamente à formação de palavras hifenizadas, não existe uma regra única que possa ser aplicada uniformemente. Recomenda-se a leitura da Base XV e da Base XVI do Acordo Ortográfico de 1990, que se debruçam sobre o emprego do hífen em compostos e em formações por prefixação, recomposição e sufixação.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.