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mediais

A forma mediaispode ser [masculino e feminino plural de medialmedial] ou [segunda pessoa plural do presente do indicativo de mediarmediar].

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mediarmediar
( me·di·ar

me·di·ar

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dividir ao meio.

2. Ficar no meio; estar ou passar-se entre duas coisas, entre dois factos, entre duas épocas ou entre dois pontos (ex.: entre os dois acontecimentos mediaram três anos; não sei que distância medeia entre os dois lugares; entre cada espectador mediavam duas cadeiras).

3. Ser intermediário entre duas ou mais partes; intervir ou interceder como mediador (ex.: mediar conflitos; mediar o acordo entre as partes). = INTERMEDIAR

etimologiaOrigem etimológica:latim medio, -are, dividir em dois, estar no meio.
medialmedial
( me·di·al

me·di·al

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Situado no meio.

2. [Anatomia] [Anatomia] Situado mais próximo da linha mediana que divide longitudinalmente o corpo em lado direito e esquerdo, por oposição a lateral (ex.: o músculo grácil insere-se na face medial da tíbia).

3. [Gramática] [Gramática] Situada no meio de uma palavra (ex.: letra medial).

etimologiaOrigem etimológica:médio + -al.

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Traduzir "mediais" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Não será a palavra revivalismo portuguesa? Porque não existe no dicionário? Será um estrangeirismo? Mas quantos não foram já "absorvidos" por tão correntes no português escrito e falado?
A palavra revivalismo, apesar de não se encontrar na nomenclatura do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, encontra-se registada noutros dicionários de língua portuguesa como, por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, Lisboa, 2001). Deriva da palavra inglesa revivalism e refere-se ao ressurgimento de ideias, modas ou tendências que fizeram parte do passado.



Escrevo-lhes da Galiza, depois de ter procurado o significado da palavra "galego" no dicionário Priberam. Encontrei uma definição que considero desrespeitosa, e ainda mais na actualidade. Tenham em conta que como cidadãos da Galiza (espanhola ou portuguesa) e utentes da língua comum galego-portuguesa consideramos de muito mau gosto que persistam nos seus dicionários definições de 150 anos atrás que nada têm a ver com que significa ser Galego ou Galega na actualidade.
Agradecia muito que mudassem o conteúdo dessa definição mais ofensivo para os cidadãos galegos.
A função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra galego, o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

As acepções que considera injuriosas têm curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usadas em registos informais e com intenções pejorativas, estando registadas, para além do DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso destas acepções de galego decorre da selecção feita pelo utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo informal [Infrm.] e depreciativo [Deprec.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.