PT
BR
Pesquisar
Definições



marcha-a-ré

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
marchamarcha
( mar·cha

mar·cha

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de marchar.

2. Modo de andar. = ANDADURA, PASSO

3. Caminho, jornada.

4. Grupo de pessoas que se deslocam, de modo organizado e em conjunto, por determinado percurso, geralmente com um fim ou interesse comum (ex.: marcha de Carnaval; marcha de apoio; marcha de protesto). = CORTEJO, DESFILE

5. [Desporto] [Esporte] O mesmo que marcha atlética.

6. [Mecânica] [Mecânica] Posição da transmissão de um veículo que permite regular a velocidade ou o tipo de andamento. = VELOCIDADE

7. [Música] [Música] Peça de música ou toque próprio para regular o passo militar.

8. [Figurado] [Figurado] Ordem, seguimento, andamento.


em marcha

Em andamento, em funcionamento ou a caminho.

marcha à

[Mecânica] [Mecânica]  Posição da transmissão de um veículo que permite recuar. = MARCHA À RETAGUARDA, MARCHA-ATRÁS

[Figurado] [Figurado] Movimento para trás ou para uma posição anterior. = MARCHA À RETAGUARDA, MARCHA-ATRÁS, RECUO

marcha à retaguarda

O mesmo que marcha à.

marcha atlética

[Desporto] [Esporte]  Modalidade de atletismo que consiste em caminhar o mais rápido possível, sem correr, mantendo sempre um dos pés em contacto momentâneo com o chão (ex.: o atleta irá competir na prova de marcha atlética de 20 km). = MARCHA

marcha à vante

[Náutica] [Náutica]  Movimento de uma embarcação na direcção da proa.

marcha forçada

A que se faz a toda a pressa e sem o descanso habitual.

marcha lenta

Manifestação de protesto em que condutores circulam com os seus veículos a baixa velocidade, causando deliberadamente atrasos ou bloqueios na circulação rodoviária, chamando assim a atenção para as suas reivindicações.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de marchar.
Ver também resposta à dúvida: marcha à ré, marcha a ré.

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Há uma colega minha que tem uma dúvida: existe ostracisei, e está bem escrito? E o que quer dizer ao certo?
O verbo ostracizar encontra-se dicionarizado e significa “submeter ou submeter-se ao ostracismo” (ex.: os colegas ostracizaram o rapaz; para aliviar a ansiedade constante, ostracizava-se e procurava a solidão). É de referir que este verbo se formou juntando o sufixo -izar, muito produtivo em português, ao substantivo ostracismo (com queda do sufixo -ismo: ostrac[ismo] + -izar = ostracizar), pelo que deverá ser grafado com -z- no sufixo e não com -s-. A forma correcta será então ostracizei.