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mal-ouvido

A forma mal-ouvidopode ser [masculino singular de ouvidoouvido], [masculino singular particípio passado de ouvirouvir] ou [adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino].

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mal-ouvidomal-ouvido
( mal·-ou·vi·do

mal·-ou·vi·do

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

[Brasil] [Brasil] Que ou quem não ouve conselhos ou ordens ou não lhes liga; que ou quem é malmandado. = DESOBEDIENTEBEM-OUVIDO, OBEDIENTE

etimologiaOrigem etimológica: mal- + ouvido.
vistoPlural: mal-ouvidos.
iconPlural: mal-ouvidos.
ouvirouvir
( ou·vir

ou·vir

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Perceber pelo ouvido.


verbo transitivo

2. Sentir (alguma coisa) pelo ouvido.

3. Prestar atenção.

4. Ser dócil a; obedecer a.

5. Inquirir.

ouvidoouvido
( ou·vi·do

ou·vi·do

)


nome masculino

1. Sentido da audição.

2. [Anatomia] [Anatomia] Órgão da audição e do equilíbrio.

3. [Anatomia] [Anatomia] Interior da orelha.

4. [Figurado] [Figurado] Disposição natural para reter os sons, as suas modulações.

5. [Armamento] [Armamento] Orifício por onde se comunica o fogo à carga da arma.

6. [Metalurgia] [Metalurgia] Orifício por onde o metal entra no molde.

7. [Música] [Música] Abertura no tampo superior de alguns instrumentos de corda.


ao ouvido

Em segredo, baixinho.

chegar aos ouvidos de alguém

Chegar uma notícia ao conhecimento de alguém.

dar ouvidos

Dar crédito, prestar atenção.

de ouvido

Só por ter ouvido dizer; sem conhecimentos teóricos.

duro de ouvido

Um tanto surdo.

emprenhar pelos ouvidos

[Informal] [Informal] Ser facilmente influenciado por intrigas ou mexericos.

entrar por um ouvido e sair por outro

Não fazer caso.

fazer ouvidos de mercador

Fingir-se surdo ou fingir que não percebe.

fazer ouvidos moucos

O mesmo que fazer ouvidos de mercador.

ser todo ouvidos

Escutar com interesse, com atenção.

ter bom ouvido

Ouvir muito bem; ter grande capacidade para distinguir os sons, em especial os musicais.

ter mau ouvido

Ouvir mal; não distinguir bem os sons.

ter ouvido(s) de tísico

[Informal] [Informal] Ouvir muito bem; ter a audição muito apurada.

etimologiaOrigem etimológica: particípio de ouvir.
mal-ouvidomal-ouvido


Dúvidas linguísticas



Com a nova terminologia como é classificada a palavra "inverno"? Nome próprio ou comum? Esta dúvida prende-se ao facto de este vocábulo passar a ser escrito com letra minúscula por força do novo acordo ortográfico.
A classificação da palavra "inverno" não muda com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, pois este acordo visa alterar apenas a ortografia e não a classificação das classes de palavras.

Para além da convenção de usar maiúsculas em início de frase e das opções estilísticas de cada utilizador da língua, o uso de maiúsculas está previsto pelos documentos legais que regulam a ortografia do português (o Acordo Ortográfico de 1990, ou, anteriormente, o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu, e o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil).

O Acordo Ortográfico de 1990 deixou de obrigar as maiúsculas, por exemplo, nas estações do ano, mas deve referir-se que o Acordo Ortográfico de 1945 também não obrigava a maiúscula inicial nas palavras "inverno", "primavera", "verão" e "outono" nos significados que não correspondem a estações do ano (ex.: o menino já tem 12 primaveras [=anos]; este ano não tivemos verão [=tempo quente]; o outono da vida).

Um nome próprio designa um indivíduo ou uma entidade única, específica e definida. Antes ou depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra "inverno" tem um comportamento que a aproxima de um nome comum, pois admite restrições (ex.: tivemos um inverno seco ) e pode variar em número (ex.: já passámos vários invernos no Porto), havendo inclusivamente uma acepção da palavra em que é sinónima de "ano" (ex.: era um homem já com muitos invernos).

A reflexão acima aplica-se a outras divisões do calendário (nomeadamente nomes de meses e outras estações do ano).




Uma professora minha disse que nunca se podia colocar uma vírgula entre o sujeito e o verbo. É verdade?
Sobre o uso da vírgula em geral, por favor consulte a dúvida vírgula antes da conjunção e. Especificamente sobre a questão colocada, de facto, a indicação de que não se pode colocar uma vírgula entre o sujeito e o verbo é verdadeira. O uso da vírgula, como o da pontuação em geral, é complexo, pois está intimamente ligado à decomposição sintáctica, lógica e discursiva das frases. Do ponto de vista lógico e sintáctico, não há qualquer motivo para separar o sujeito do seu predicado (ex.: *o rapaz [SUJEITO], comeu [PREDICADO]; *as pessoas que estiveram na exposição [SUJEITO], gostaram muito [PREDICADO]; o asterisco indica agramaticalidade). Da mesma forma, o verbo não deverá ser separado dos complementos obrigatórios que selecciona (ex.: *a casa é [Verbo], bonita [PREDICATIVO DO SUJEITO]; *o rapaz comeu [Verbo], bolachas e biscoitos [COMPLEMENTO DIRECTO]; *as pessoas gostaram [Verbo], da exposição [COMPLEMENTO INDIRECTO]; *as crianças ficaram [Verbo], no parque [COMPLEMENTO ADVERBIAL OBRIGATÓRIO]). Pela mesma lógica, o mesmo se aplica aos complementos seleccionados por substantivos (ex. * foi a casa, dos avós), por adjectivos (ex.: *estava impaciente, por sair) ou por advérbios (*lava as mãos antes, das refeições), que não deverão ser separados por vírgula da palavra que os selecciona.

Há, no entanto, alguns contextos em que pode haver entre o sujeito e o verbo uma estrutura sintáctica separada por vírgulas, mas apenas no caso de essa estrutura poder ser isolada por uma vírgula no início e no fim. Estes são normalmente os casos de adjuntos nominais (ex.: o rapaz, menino muito magro, comeu muito), adjuntos adverbiais (ex.: o rapaz, como habitualmente, comeu muito), orações subordinadas adverbiais (ex.: as pessoas que estiveram na exposição, apesar das más condições, gostaram muito), orações subordinadas relativas explicativas (ex.: o rapaz, que até não tinha fome, comeu muito).