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músicas

Será que queria dizer musicas?

A forma músicaspode ser [feminino plural de músicamúsica] ou [feminino plural de músicomúsico].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
músicamúsica
( mú·si·ca

mú·si·ca

)


nome feminino

1. Organização de sons com intenções estéticas, artísticas ou lúdicas, variáveis de acordo com o autor, com a zona geográfica, com a época, etc.

2. Arte e técnica de combinar os sons de forma melodiosa.

3. Composição ou obra musical.

4. Execução de uma peça musical.

5. Conjunto de músicos. = BANDA, FILARMÓNICA, ORQUESTRA

6. Notação ou registo de uma peça musical.

7. Papel ou livro que contém notações musicais. = PARTITURA

8. Sequência de sons cuja cadência ou ritmo lembram uma melodia (ex.: deixou-se dormir com a música do vento).

9. [Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Choradeira, lamúria.

10. [Informal] [Informal] Lábia, manha (ex.: isso é música para conseguir o que quer; não me venham dar música que eu não acredito nessa história).


dar música

[Informal] [Informal] Tentar convencer alguém com conversa lisonjeira.

[Informal] [Informal] Entreter com conversa.

[Informal] [Informal] Fazer troça de. = ZOMBAR

música de câmara

[Música] [Música]  Música composta para um pequeno número de instrumentos, geralmente executada em espaços pequenos.

etimologiaOrigem etimológica:latim musica, -ae, música, instrução, habilidade.

Ver também resposta à dúvida: feminino de músico.
músicomúsico
( mú·si·co

mú·si·co

)


adjectivoadjetivo

1. Relativo à música. = MUSICAL


nome masculino

2. Indivíduo que sabe tocar um instrumento musical. = INSTRUMENTISTA

3. Membro de uma orquestra ou filarmónica.

4. [Informal] [Informal] Indivíduo que tem muita lábia.

etimologiaOrigem etimológica:latim musicus, -a, -um, relativo à música, à poesia ou à ciência.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:banda, charanga, fanfarra, filarmónica, orquestra.
Ver também resposta à dúvida: feminino de músico.
músicasmúsicas

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Traduzir "músicas" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).