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letrinha

A forma letrinhaé [derivação feminino singular de letraletra].

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letraletra
|ê| |ê|
( le·tra

le·tra

)


nome feminino

1. Carácter escrito, impresso ou gravado do alfabeto.

2. Forma que se dá à letra escrita.

3. Som representativo de uma letra.

4. O que está escrito; texto; sentido.

5. Tipo de caracteres de imprensa.

6. Poesia que acompanha música.

7. Parte literária de uma ópera.

8. Emblema, divisa, mote.

9. Letreiro, inscrição.

10. Documento representativo de dinheiro que consiste num título de crédito em que um credor ou sacador ordena a um devedor ou sacado que lhe pague a si ou a um terceiro uma certa importância em determinada data (ex.: endossar uma letra; letra de comércio). = LETRA DE CÂMBIO

letras


nome feminino plural

11. Literatura.

12. Carreira ou profissão literária.

13. Epístola, diploma.


à letra

Palavra por palavra, sem ter em conta o sentido de expressões ou fraseologias (ex.: tradução à letra; traduzir à letra). = AO PÉ DA LETRA

No sentido mais literal da palavra ou expressão (ex.: interpretação à letra; interpretar à letra). = AO PÉ DA LETRA

de letra

[Futebol] [Futebol]  Que é feito passando a perna por trás do pé de apoio (ex.: golo de letra; passe de letra; remate de letra).

letra corrida

Letra fluente, traçada com firmeza e rapidamente.

letra de câmbio

Documento representativo de dinheiro que consiste num título de crédito em que um credor ou sacador ordena a um devedor ou sacado que lhe pague a si ou a um terceiro uma certa importância em determinada data.

letra de mão

Letra manuscrita.

letra de médico

Caligrafia de leitura difícil ou impossível.

letra de molde

Letra impressa.

letra dominical

Letra que, no calendário eclesiástico, designa o domingo.

letra redonda

Letra de molde; letra de imprensa.

letras humanas

Designação dada especialmente à gramática, à poesia e à literatura. = BELAS-LETRAS, HUMANIDADES

letras nundinárias

As oito primeiras letras do alfabeto.

primeiras letras

Ensino primário elementar.

sagradas letras

Escritura Sagrada.

tirar de letra

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Fazer algo facilmente.

etimologiaOrigem etimológica:latim littera, -ae.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:abc, á-bê-cê, abecê, abecedário, alfabeto.


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se em palavras nas quais o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a outra palavra (como anti+inflamatório; poli+insaturado, etc...) há necessidade de se usar hífen ou se é possível fusionar as duas vogais (e.g., antiinflamatório; poliinsaturado).
Esta questão tem uma resposta diferente se pretender a ortografia antes ou depois do Acordo Ortográfico de 1990 (AO de 1990).

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945 (válido para a norma portuguesa antes do AO de 1990) e também segundo o Formulário Ortográfico de 1943 (válido para a norma brasileira antes do AO de 1990), o elemento de formação anti- apenas deve ser ligado por hífen a palavras que comecem por h (ex.: anti-higiénico), i (ex.: anti-ibérico), r (ex.: anti-rugas) ou s (ex.: anti-semita).

Relativamente ao emprego do prefixo poli-, não é tão fácil chegar a uma resposta conclusiva e peremptória para a ortografia antes da aplicação do AO de 1990. Este prefixo não é expressamente referido no Acordo Ortográfico de 1945 (vd. bases XXVIII a XXXII, sobre o uso do hífen), nem no Formulário Ortográfico de 1943, pelo que só se pode inferir o comportamento de poli- a partir do registo lexicográfico de outras palavras com o mesmo prefixo. Assim sendo, a consulta de obras de referência revela um comportamento análogo ao de outros prefixos que nunca são seguidos de hífen, como mono- ou bi- (ex: monoinsaturado, biebdomadário, poliarticular, polirrítmico, polissacarídeo, poliúria), o que valida a forma poliinsaturado, que é, aliás, a forma registada pelo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Outra opção tomam o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, e o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, que registam a forma polinsaturado, com a elisão da vogal (i oral) em que termina o prefixo. A este respeito, Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 252-253), refere que se deve prever também esta opção com estes prefixos que nunca são seguidos de hífen, isto é, "o caso de um prefixo não aparecer em forma plena, por terminar em vogal e esta se elidir ante uma vogal do elemento imediato: endartrite, etc".

Nas obras consultadas, é de referir que não há registo de nenhuma outra forma com o mesmo contexto de poli-+insaturado (poli- seguido de i nasal), mas apenas com um contexto de poli- seguido de i oral: formas como poliide (género de algas) ou poliidrite (mineral) surgem averbadas no Grande Dicionário da Língua Portuguesa (12 vol., Porto, Amigos do Livro Editores, 1981), de José Pedro Machado. Pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet revelam uma maior ocorrência de poliinsaturado (e suas flexões) no português do Brasil e de polinsaturado (e suas flexões) no português europeu, provável reflexo do diferente registo lexicográfico nas duas normas do português, não podendo, no entanto, nenhuma destas duas formas ser considerada incorrecta.

Com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, estes dois prefixos terão tratamento idêntico, uma vez que passa a haver regras mais gerais e contextuais do que nos textos legais anteriores. Assim, segundo a Base XVI, 1º, alínea b), quando um prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento deverá usar-se hífen, pelo que deverá escrever-se anti-inflamatório e poli-insaturado (a par de polinsaturado).




Utilizo com frequência o corrector linguístico, constituindo este uma importante ferramenta de trabalho. Constatei que, ao contrário do que considerava, a palavra pátio tem esta ortografia, e não páteo. Gostaria que me informassem se existiu algum acordo ortográfico recente ou se, pelo contrário, a ortografia actual sempre foi a correcta.
Já no texto da base IX do Acordo Ortográfico de 1945 (e na base V do Acordo Ortográfico de 1990), é referida a forma pátio, pelo que esta é a única forma considerada correcta.

É no entanto algo frequente a utilização da forma páteo, nomeadamente em estabelecimentos comerciais; esta forma pode ser considerada uma grafia mais antiga, de uma altura em que as convenções ortográficas ainda não tinham estabilizado a grafia do português.