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grifos

A forma grifosé [masculino plural de grifogrifo].

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grifo1grifo1
( gri·fo

gri·fo

)


nome masculino

1. Coisa difícil de decifrar ou de compreender. = ENIGMA

2. Questão embaraçada.

3. Locução ambígua.

etimologiaOrigem etimológica:latim griphus, -i, enigma, mistério, charada, do grego grîfos, -ou, cesto de pesca, coisa intrincada.

grifo2grifo2
( gri·fo

gri·fo

)
Imagem

OrnitologiaOrnitologia

Espécie de abutre (Gyps fulvus), cuja envergadura é normalmente superior a 2,5 metros, de plumagem acastanhada, cabeça e pescoço brancos e cauda e rémiges pretas.


nome masculino

1. [Mitologia] [Mitologia] Animal fabuloso, representado com um corpo de leão e a cabeça e as asas de águia.

2. [Ornitologia] [Ornitologia] Espécie de abutre (Gyps fulvus), cuja envergadura é normalmente superior a 2,5 metros, de plumagem acastanhada, cabeça e pescoço brancos e cauda e rémiges pretas.Imagem = ABUTRE-FOUVEIRO

3. [Ornitologia] [Ornitologia] Espécie de grande abutre (Aegypius monachus), cuja envergadura é normalmente superior a 3 metros, de plumagem castanho-escura, quase negra, cabeça coberta de penugem clara, com penugem mais escura em torno dos olhos e no pescoço. = ABUTRE-CINÉREO, ABUTRE-FULVO, ABUTRE-PRETO, PICA-OSSO

4. Caracol de cabelo.


adjectivoadjetivo

5. Que tem plumagem ou penas eriçadas (ex.: galinha grifa).

6. Encaracolado.

etimologiaOrigem etimológica:latim tardio gryphus, -i, do latim grypus, -i, do grego grúps, -upós.

grifo3grifo3
( gri·fo

gri·fo

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. [Tipografia] [Tipografia] Diz-se de ou forma de letra inclinada para a direita (ex.: o texto está em grifo no original; letra grifa). = ITÁLICO


nome masculino

2. [Brasil] [Brasil] [Tipografia] [Tipografia] Secção de uma publicação composta em itálico.

etimologiaOrigem etimológica:[Francesco] Griffo, antropónimo [impressor italiano, cerca de 1450-1518] ou de [Sebastian] Gryphe, antropónimo [impressor alemão, cerca de 1492-1556].

grifosgrifos

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.