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gozada

A forma gozadapode ser [feminino singular de gozadogozado] ou [feminino singular particípio passado de gozargozar].

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gozargozar
( go·zar

go·zar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tirar gozo ou prazer de (ex.: gostamos de gozar a vida; gozar a calma e o silêncio). = DESFRUTAR, FRUIR

2. Usar ou aproveitar alguma coisa (ex.: gozar as férias). = FRUIR, USUFRUIR

3. Estar na posse ou no gozo de (ex.: o avô ainda goza de muito boa memória; a empresa goza de fama internacional). = POSSUIR


verbo transitivo e intransitivo

4. Fazer troça ou rir de (ex.: na infância gozava a irmã por causa dos dentes; não goze com isso; pare de gozar, por favor). = TROÇAR


verbo intransitivo

5. Passar boa vida. = DIVERTIR-SESOFRER

6. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter um orgasmo. = VIR-SE

etimologiaOrigem etimológica:gozo + -ar.
gozadogozado
( go·za·do

go·za·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se gozou.

2. Que se usou ou de que se usufruiu (ex.: férias gozadas).

3. Que foi alvo de gozo ou de chacota.

4. [Brasil] [Brasil] Que tem graça; que causa divertimento. = CÓMICO, DIVERTIDO, ENGRAÇADO

5. [Brasil] [Brasil] Que desperta interesse ou curiosidade. = CURIOSO, INTERESSANTE

etimologiaOrigem etimológica:particípio de gozar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "gozada" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.




Minha dúvida é: Por que passei a vida estudando que o correto é falar para eu fazer, para eu comer, e etc., se a frase É fácil para mim estudar não está errada? Podem explicar essa última frase.
De facto, nos contextos exemplificados com duas orações na resposta para eu/para mim (ex.: isto é para eu fazer), deverá ser usado o pronome sujeito, pois na oração para eu fazer, o pronome desempenha essa função de sujeito. No caso do exemplo É fácil para mim estudar, o contexto é semelhante àquele referido na resposta pronomes pessoais rectos e oblíquos, em que o pronome não desempenha a função de sujeito, pois esta frase pode ser decomposta em Estudar [sujeito] é fácil [predicado] para mim [adjunto adverbial de interesse].