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gira

A forma girapode ser [feminino singular de girogiro], [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de gerirgerir], [segunda pessoa singular do imperativo de girargirar], [terceira pessoa singular do imperativo de gerirgerir], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de gerirgerir], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de girargirar], [adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros], [interjeição] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
giragira
( gi·ra

gi·ra

)


nome feminino

1. Acto de girar.

2. Passeio.

3. Ronda.


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

4. Que ou quem é inconstante ou amalucado.


interjeição

5. Expressão usada para afastar ou expulsar alguém. = ANDOR

etimologiaOrigem etimológica: derivação regressiva de girar.
gerirgerir
( ge·rir

ge·rir

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

Administrar, dirigir (negócios).

iconeConfrontar: gerar.
girargirar
( gi·rar

gi·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Dar voltas em torno do seu eixo.

2. Descrever uma curva.

3. Andar em giro.

4. Circular.

5. Ir andando; ser levado.

6. Andar; ter circuito; ter curso; correr.

7. [Informal] [Informal] Passear.

8. [Figurado] [Figurado] Agitar-se, lidar.

9. Negociar.


verbo transitivo

10. Circundar; percorrer em volta.

11. [Brasil] [Brasil] Endoidecer; ficar maluco.

girogiro
( gi·ro

gi·ro

)


nome masculino

1. Movimento em torno de um eixo, em torno de si mesmo ou em volta de um objecto. = ROTAÇÃO, VOLTA

2. Movimento circular de quem passeia (ex.: vamos dar um giro). = PASSEIO, VOLTA

3. Uso de palavras desnecessárias ou evasivas; rodeio de palavras. = CIRCUNLÓQUIO, DIVAGAÇÃO

4. Orientação.

5. Circulação de letras de câmbio.

6. Movimento comercial.

7. Tarefa, lida.

8. Percurso feito para vigiar algo ou para distribuir ou recolher alguma coisa. = RONDA, VOLTA

9. Turno ou vez de uma actividade.

10. [Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] Título de transporte recarregável da área metropolitana do Funchal.

11. [Jogos] [Jogos] Jogo de quatro parceiros no bilhar (dois contra dois).


adjectivoadjetivo

12. [Portugal] [Portugal] Bonito, lindo (ex.: saia gira).

13. [Portugal] [Portugal] Elegante (ex.: estás gira, hoje).

14. [Portugal] [Portugal] Interessante, com qualidade (ex.: livro giro).

15. [Portugal] [Portugal] Que tem qualidades positivas (ex.: ele teve uma atitude gira).

16. [Geometria] [Geometria] Diz-se de ângulo que mede 360 graus. = COMPLETO

etimologiaOrigem etimológica: grego gúros, -ou, círculo, espaço circular.
giragira

Auxiliares de tradução

Traduzir "gira" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Com a nova terminologia como é classificada a palavra "inverno"? Nome próprio ou comum? Esta dúvida prende-se ao facto de este vocábulo passar a ser escrito com letra minúscula por força do novo acordo ortográfico.
A classificação da palavra "inverno" não muda com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, pois este acordo visa alterar apenas a ortografia e não a classificação das classes de palavras.

Para além da convenção de usar maiúsculas em início de frase e das opções estilísticas de cada utilizador da língua, o uso de maiúsculas está previsto pelos documentos legais que regulam a ortografia do português (o Acordo Ortográfico de 1990, ou, anteriormente, o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu, e o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil).

O Acordo Ortográfico de 1990 deixou de obrigar as maiúsculas, por exemplo, nas estações do ano, mas deve referir-se que o Acordo Ortográfico de 1945 também não obrigava a maiúscula inicial nas palavras "inverno", "primavera", "verão" e "outono" nos significados que não correspondem a estações do ano (ex.: o menino já tem 12 primaveras [=anos]; este ano não tivemos verão [=tempo quente]; o outono da vida).

Um nome próprio designa um indivíduo ou uma entidade única, específica e definida. Antes ou depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra "inverno" tem um comportamento que a aproxima de um nome comum, pois admite restrições (ex.: tivemos um inverno seco ) e pode variar em número (ex.: já passámos vários invernos no Porto), havendo inclusivamente uma acepção da palavra em que é sinónima de "ano" (ex.: era um homem já com muitos invernos).

A reflexão acima aplica-se a outras divisões do calendário (nomeadamente nomes de meses e outras estações do ano).




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).