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fés

A forma fésé [feminino plural de ].

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nome feminino

1. Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro.

2. [Religião] [Religião] Sentimento de quem acredita em determinados princípios ou ideias religiosos. = CRENÇA

3. Religião, culto (ex.: fé cristã, fé islâmica).

4. [Religião] [Religião] Uma das virtudes teologais.

5. Estado ou atitude de quem acredita ou tem esperança em algo. = CONFIANÇA, ESPERANÇACEPTICISMO, INCREDULIDADE

6. Fidelidade.

7. Prova.

8. Testemunho autêntico dado por oficial de justiça.


à fé

Por certo, certamente.

dar fé

Tomar consciência de algo. = APERCEBER-SE, NOTAR, REPARAR

Afirmar que algo é verdade.

fazer fé

Merecer crédito (ex.: a fazer fé no que ele diz, isto é muito grave).

Constituir prova.

fé púnica

Perfídia; deslealdade.

etimologiaOrigem etimológica:latim fides, -ei.

fésfés

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Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



As expressões ter a ver com e ter que ver com são ambas admissíveis ou só uma delas é correcta?
As duas expressões citadas são semanticamente equivalentes.

Alguns puristas da língua têm considerado como galicismo a expressão ter a ver com, desaconselhando o seu uso. No entanto, este argumento apresenta-se frágil (como a maioria dos que condenam determinada forma ou expressão apenas por sofrer influência de uma outra língua), na medida em que a estrutura da locução ter que ver com possui uma estrutura menos canónica em termos das classes gramaticais que a compõem, pois o que surge na posição que corresponde habitualmente à de uma preposição em construções perifrásticas verbais (por favor, consulte também sobre este assunto a dúvida ter de/ter que).