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espécies

A forma espéciespode ser[nome feminino plural] ou [nome feminino].

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espécieespécie
( es·pé·ci·e

es·pé·ci·e

)


nome feminino

1. Subdivisão que abrange todos os seres ou indivíduos que se distinguem dos restantes por um carácter específico que só a eles é comum. = CASTA, CLASSE, GÉNERO, QUALIDADE, SORTE

2. O que faz com que os seres ou objectos se distingam entre os outros. = CARÁCTER, CONDIÇÃO, ÍNDOLE

3. Caso especial. = TIPO

4. [Biologia] [Biologia] Divisão taxonómica usada na classificação dos seres vivos, inferior ao género, e que reúne um conjunto de indivíduos com características comuns.

5. Aparência.

6. Documento escrito.

7. Moeda em metal ou em papel. = DINHEIRO

8. Género ou géneros alimentícios dados em pagamento.

9. Substância culinária que aromatiza ou dá realce à comida. = CONDIMENTO, ESPÉCIA, ESPECIARIA, DROGA, TEMPERO

10. [Culinária] [Culinária] Amêndoa pisada com cravo-da-índia, canela e outras especiarias.

espécies


nome feminino plural

11. [Farmácia] [Farmácia] Mistura de substâncias vegetais secas com propriedades terapêuticas para infusões ou macerados (ex.: espécies diuréticas; espécies emolientes; espécies peitorais; espécies purgativas).


causar espécie

O mesmo que fazer espécie.

em espécie

Com dinheiro vivo (ex.: remuneração em espécie; pagar em espécie).

Com víveres ou mercadorias e não com dinheiro (ex.: faça um donativos em espécie). = EM GÉNEROS

fazer espécie

Provocar incómodo ou estranheza (ex.: não me faz espécie andar de metro).

sob espécie

Disfarçadamente; sob o pretexto de.

etimologiaOrigem etimológica:latim specie, -ei, vista, vista de olhos, aspecto.

espéciesespécies

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Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.