Dicionário Priberam Online de Português Contemporâneo
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
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enriquecer

enriquecerenriquecer | v. tr. | v. intr.
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en·ri·que·cer |ê|en·ri·que·cer |ê|

- ConjugarConjugar

verbo transitivo

1. Tornar rico.

2. [Figurado]   [Figurado]  Engrandecer; aumentar.

3. Ilustrar; melhorar (as condições).

verbo intransitivo

4. Tornar-se rico; adquirir fortuna.

5. [Figurado]   [Figurado]  Adquirir melhores condições ou propriedades.


SinónimoSinônimo Geral: ENRICAR

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Parecidas

Dúvidas linguísticas


Agradeço que esclareçam se as frases que se seguem estão correctas: 1 - Quem vai ao cinema é a Maria e o João. 2 - Quem vai ao cinema são a Maria e o João. Sempre pensei que a frase correcta fosse a segunda, tendo em conta que o sujeito está no plural e que o verbo deve concordar com o sujeito. No entanto, debati a questão com uma amiga e não conseguimos chegar a um consenso.
Considera-se mais correcta a frase Quem vai ao cinema são a Maria e o João.

A questão colocada diz respeito a uma frase que contém uma estrutura copulativa de identificação (equivalente a isto é aquilo [=Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João]). Esta estrutura constitui uma das construções de clivagem possíveis em português (sobre este assunto, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., 5.ª ed. Editorial Caminho, 2003, pp. 685 e seguintes), designada por construção pseudoclivada.

A frase em apreço (Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João) é equivalente, do ponto de vista semântico e informativo, à frase A Maria e o João vão ao cinema, havendo um constituinte que é posto em destaque através de uma oração subordinada relativa substantiva sem antecedente (Quem vai ao cinema). O pronome pessoal quem é um pronome de terceira pessoa do singular e obriga o verbo a concordar com ele dentro da oração subordinada - no caso em análise trata-se da forma do presente do indicativo (vai) do verbo ir (sobre quem como sujeito da oração, poderá consultar também as respostas sou eu quem e fui eu quem).

Toda a oração subordinada constitui por sua vez o predicativo do sujeito da oração subordinante, com uma inversão da ordem canónica da frase:
[Quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito [são/é]Verbo copulativo [a Maria e o João]Sujeito.
A identificação do sujeito e do predicativo do sujeito pode ser feita com a retoma do sujeito da frase A Maria e o João vão ao cinema e com a pronominalização do predicativo do sujeito através do pronome demonstrativo invariável o (ex.: A Maria e o João são-no; *Quem vai ao cinema é-o). Sobre os testes de identificação do sujeito e do predicativo do sujeito, poderá ainda consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., pp. 281-284 e pp. 290-292.

A ordem canónica da frase será então:
[A Maria e o João]Sujeito [são/é]Verbo copulativo [quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito.
Assim é possível verificar que a concordância verbal com o sujeito composto (a Maria e o João = eles) está correcta e é preferencial (Quem vai ao cinema são a Maria e o João), pois respeita a regra geral de concordância com sujeitos compostos, não havendo motivo para a concordância com o predicativo do sujeito (*A Maria e o João é quem vai ao cinema = Quem vai ao cinema é a Maria e o João).

A concordância dos verbos copulativos é problemática em português, motivo pelo qual a frase Quem vai ao cinema é a Maria e o João pode ser considerada gramatical, se se considerar que nesse caso o verbo concorda com o predicativo do sujeito em posição pós-verbal (sobre este assunto, pode consultar também a resposta verbo predicativo ser), mas dificilmente um falante poderá considerar gramatical a substituição do sujeito composto pelo pronome pessoal correspondente (*Quem vai ao cinema é eles).




Muitas vezes em poesia é usada a forma sincopada pra escrita como p'ra. No entanto o Acordo Ortográfico de 1945 indica que não se deve usar o apóstrofo neste caso. Existem excepções relativamente à poesia? Por outro lado, a forma correcta de, em poesia, abreviar para + a (numa frase como por exemplo horas de ir para a cama) é prà?
A forma sincopada da preposição para é pra, que se encontra atestada na maioria dos dicionários de língua. O uso do apóstrofo neste caso não está previsto em nenhuma das bases XXXIII a XXXVIII do Acordo Ortográfico de 1945, para a língua portuguesa de norma europeia (no caso da norma brasileira, no Formulário Ortográfico de 1943 é especificamente referido que o apóstrofo não será usado nestes casos), nem na Base XVIII do Acordo Ortográfico de 1990, pelo que deverá ser evitado.

Por outro lado, a contracção da preposição para com os artigos definidos ou pronomes demonstrativos a, o, as, os deverá corresponder às formas prà, prò, pràs, pròs, segundo a base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945. No entanto, segundo o Acordo Ortográfico de 1990, deverá corresponder às formas pra, pro, pras, pros, uma vez que, neste acordo (ver Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

As normas ortográficas preconizadas pelos textos legais referidos dizem respeito à língua portuguesa em geral, não prevendo excepções para a poesia.

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Palavra do dia

fa·le·na |ê|fa·le·na |ê|


(grego fálaina, -as ou fállaina, -as, espécie de lagarta)
nome feminino

[Entomologia]   [Entomologia]  Designação dada a várias espécies de borboletas nocturnas da família dos geometrídeos.

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/enriquecer [consultado em 31-05-2023]