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encanares

A forma encanarespode ser [segunda pessoa singular do futuro do conjuntivo de encanarencanar] ou [segunda pessoa singular infinitivo flexionado de encanarencanar].

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encanar1encanar1
( en·ca·nar

en·ca·nar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Levar (líquido ou gás) por canos ou canais para alguma parte (ex.: encanar a água do poço). = CANALIZAR

2. Seguir por determinado caminho; meter por. = ENFIAR


verbo transitivo e intransitivo

3. [Informal] [Informal] Consumir muito álcool.

etimologiaOrigem etimológica:en- + cano + -ar.

encanar2encanar2
( en·ca·nar

en·ca·nar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Colocar um membro fracturado na devida posição ou direcção, protegido com talas ou canas para se soldar (ex.: o médico encanou o tornozelo). = ENTALAR

2. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pôr em cana, na cadeia (ex.: ele já encanou muita gente). = ENCARCERAR, PRENDER


verbo intransitivo

3. [Agricultura] [Agricultura] Criar canas; apresentar cana (ex.: falta pouco para o milho encanar).


verbo transitivo e intransitivo

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Preocupar-se demasiado com algo (ex.: não encane com a altura; ele falou pra eu não encanar).

etimologiaOrigem etimológica:en- + cana + -ar.

encanaresencanares


Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Tenho uma dúvida em relação ao emprego ou não do hífen na palavra dessincronizar. A palavra escrita deste modo lê-se /de-ssin-cro-ni-zar/ e normalmente ouve-se pronunciar /des-sin-cro-ni-zar/. Ou seja, o prefixo des- normalmente não perde a sua autonomia quando pronunciado. Neste caso não se devia também usar o hífen? Ou será que o termo dessincronizado é normalmente mal pronunciado, separando-se os dois ss?
A aglutinação do prefixo des- à palavra seguinte não obriga à pronúncia /s/. Aliás, os poucos dicionários que fazem a transcrição fonética das palavras às quais dão entrada registam /des-sin-cro-ni-zar/ e não /de-ssin-cro-ni-zar/.