PT
BR
Pesquisar
Definições



calão

A forma calãopode ser[adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
calão1calão1
( ca·lão

ca·lão

)


nome masculino

1. Linguagem considerada grosseira ou rude.

2. Linguagem de um grupo restrito. = GÍRIA


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

3. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Que ou quem não gosta de trabalhar. = MANDRIÃO, PREGUIÇOSO


baixo calão

Linguagem muito grosseira ou obscena.

vistoFeminino: calona.
etimologiaOrigem etimológica:espanhol caló, língua dos ciganos ibéricos.
iconFeminino: calona.
calão2calão2
( ca·lão

ca·lão

)


nome masculino

Bilha indiana de barro ou cobre.

etimologiaOrigem etimológica:tâmul kalam.
calão3calão3
( ca·lão

ca·lão

)


nome masculino

1. [Náutica] [Náutica] Embarcação comprida, de dez remos por banda, empregada na pesca do atum (Algarve).

2. [Brasil] [Brasil] Pedaço de pau que serve para suspender os objectos a transportar.

etimologiaOrigem etimológica:cala + -ão.
calão4calão4
( ca·lão

ca·lão

)


nome masculino

Telha grande com que se reveste o fundo dos regos para que a terra não absorva a água.

etimologiaOrigem etimológica:cale + -ão.

Auxiliares de tradução

Traduzir "calão" para: Espanhol Francês Inglês

Palavras vizinhas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



Qual a função sintáctica de «a médico, confessor e advogado» na frase «a médico, confessor e advogado nunca enganes»: A. complemento indirecto B. complemento directo C. sujeito
A frase que refere é em tudo semelhante à que é apresentada na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 143), como exemplo de uma frase com objecto (ou complemento) directo preposicionado. O constituinte sintáctico a médico, confessor e advogado desempenha aqui a função de complemento directo, ainda que preposicionado, pois, se por regra o complemento directo não é introduzido por preposição, neste caso, e segundo a mesma gramática, “o emprego da preposição não obrigatória transmite à relação um vigor novo, pois o reforço que advém do conteúdo significativo da preposição é sempre um elemento intensificador e clarificador da relação verbo-objecto” (p. 555). Os complementos directos preposicionados contêm normalmente a preposição a e são estruturas algo raras na língua actual; têm como principal função a desambiguação dos constituintes, especialmente quando há inversão da ordem canónica ou elisão do verbo (ex.: ao médico enganou o rapaz e ao confessor a rapariga), ou a ênfase de um constituinte, normalmente em estruturas ligadas a verbos como adorar, amar, bendizer, estimar (ex.: os crentes amam a Deus; estima muito aos teus pais).