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broca

A forma brocapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de brocarbrocar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de brocarbrocar] ou [nome feminino].

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broca1broca1
|ó| |ó|
( bro·ca

bro·ca

)


nome feminino

1. Instrumento para furar madeira, pedra ou metais. = ARCO DE PUA, PUA

2. Instrumento cortante, de aço, que se aplica num berbequim para fazer furos circulares em madeira, pedra, metais, etc.

3. Instrumento com que os dentistas desbastam as cavidades cariadas dos dentes.

4. Eixo da fechadura que entra no buraco da chave.

5. Barra de ferro para abrir orifícios nas pedreiras.

6. [Armamento] [Armamento] Falha na boca do canhão.

7. Fístula, chaga.

8. [Agricultura] [Agricultura] Designação dada a vários insectos que atacam certas plantas (ex.: broca do milho).

9. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Cigarro de haxixe ou marijuana. = CHARRO

10. [Brasil] [Brasil] Corte de mato ou de arbustos em terreno para cultivo. = BROCAGEM

11. [Brasil] [Brasil] [Agricultura] [Agricultura] Peneira com que se atiram os grãos de café ao ar para os limpar de folhas ou impurezas.

12. [Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

etimologiaOrigem etimológica: catalão broca, do latim brochus, -a, -um, que tem boca ou dentes salientes.
broca2broca2
|ô| |ô|
( bro·ca

bro·ca

)


nome feminino

[Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Ferroada de um pião noutro ou no chão.

brocarbrocar
( bro·car

bro·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Furar com broca.


verbo transitivo e intransitivo

2. [Brasil] [Brasil] [Agricultura] [Agricultura] Cortar mato ou derrubar arbustos, para preparar terreno de cultivo.

3. [Brasil] [Brasil] Limpar o café na broca.

etimologiaOrigem etimológica: broca + -ar.
brocabroca

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Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.