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arretadas

A forma arretadaspode ser [feminino plural de arretadoarretado] ou [feminino plural particípio passado de arretararretar].

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arretar1arretar1
( ar·re·tar

ar·re·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. [Antigo] [Antigo] Vender sob condição de poder reaver a coisa vendida.

2. Fazer parar (ex.: arretar o rebanho; o que arreta o frio, arreta o calor). = PARAR, SUSTAR


verbo pronominal

3. Voltar para trás (ex.: a gente ainda vai a tempo de se arretar).


verbo transitivo e pronominal

4. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Deixar ou ficar muito irritado ou furioso (ex.: bloqueio quem vier me arretar por causa do jogo; o sujeito se arretou com a notícia). = CHATEAR, IRRITAR

etimologiaOrigem etimológica: latim *adretrare, de retro, para trás.
iconeConfrontar: arredar, arrestar.
arretado1arretado1
( ar·re·ta·do

ar·re·ta·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se arretou.

2. Que foi vendido sob condição de se poder reaver a coisa vendida.

etimologiaOrigem etimológica: particípio de arretar, voltar para trás.
arretar2arretar2
( ar·re·tar

ar·re·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Despertar desejo sexual em.


verbo intransitivo e pronominal

2. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Sentir desejo sexual.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: ARREITAR

etimologiaOrigem etimológica: latim *arrectare, do latim arrectus, -a, -um, particípio passado de arrigo, -ere, pôr direito, levantar, erguer, excitar, animar.
iconeConfrontar: arredar.
arretado2arretado2
( ar·re·ta·do

ar·re·ta·do

)


adjectivoadjetivo

1. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que manifesta desejos sexuais. = ARREITADO

2. [Brasil: Nordeste, Popular] [Brasil: Nordeste, Popular] Que tem qualidades muito positivas. = EXCELENTE

etimologiaOrigem etimológica: particípio de arretar, excitar.
arretadasarretadas


Dúvidas linguísticas



Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de. Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo (ex.: eu preciso de trabalhar mais).

Há ocorrências, sobretudo no português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é, no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados, pois o seu uso não é consensual.




Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.