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abstracto

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abstractoabstratoabstrato
|trát| |át| |át|
( abs·trac·to abs·tra·to

abs·tra·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que designa uma qualidade separada do sujeito.

2. Difícil de se compreender; distraído; absorto.

3. [Aritmética] [Aritmética] Diz-se do número em si (em oposição a concreto).

4. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Que recusa a representação de seres ou objectos nas suas formas exteriores, reconhecíveis na natureza e no mundo real, por oposição a figurativo (ex.: arte abstracta; forma abstracta; pintura abstracta).

5. [Gramática] [Gramática] Que designa ideias, qualidades, estados, acções, por oposição a concreto (ex.: nome abstracto, substantivo abstracto).


nome masculino

6. O que se considera existente no domínio das ideias e sem base material.

etimologiaOrigem etimológica:latim abstractus, -a, -um, particípio passado de abstraho, -ere, arrancar, separar, destacar, arrastar.

sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: abstrato.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: abstracto.
grafiaGrafia no Brasil:abstrato.
grafiaGrafia em Portugal:abstracto.
abstractoabstracto

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Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Como grafar "marcha ré": marcha a ré, marcha-ré, marcha ré, marcha-a-ré?
A grafia correcta é sem hífen: marcha à ré (na norma europeia) e marcha a ré (na norma brasileira). A diferença ortográfica entre as duas normas do português deve-se ao facto de, na norma portuguesa, a locução incluir o artigo definido a, o que provoca a crase com a preposição a: marcha à. Na norma brasileira a locução não inclui o artigo definido, pelo que não há crase: marcha a.