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Surto

A forma Surtopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de surtirsurtir], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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surtosurto
( sur·to

sur·to

)


nome masculino

1. Voo alto.

2. Ambição ou elevação.

3. Manifestação súbita de alguma coisa. = ACOMETIMENTO, ARRANCO, IMPULSO

4. [Medicina] [Medicina] Aparecimento rápido ou aumento súbito de casos de doença (ex.: surto de gripe).

5. [Medicina] [Medicina] Crise psicótica.


adjectivoadjetivo

6. [Náutica] [Náutica] Que lançou âncora ou está amarrado, geralmente num porto (ex.: procurava o marinheiro entre os navios surtos no porto). = ANCORADO, FUNDEADO

etimologiaOrigem etimológica:latim *surctus, de surrectus, -a, -um, particípio passado de surgo, -ere, erguer-se, levantar-se, pôr-se de pé, aparecer, sair, elevar-se, nascer, crescer.

iconeConfrontar: curto.
surtirsurtir
( sur·tir

sur·tir

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Ter como resultado (ex.: surtir efeito). = CAUSAR, ORIGINAR, RESULTAR


verbo intransitivo

2. Ter consequência boa ou má.

etimologiaOrigem etimológica:francês sortir, do latim sortior, -iri, tirar à sorte, obter por sorte.

iconeConfrontar: sortir.
SurtoSurto

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Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.