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Pitinha

A forma Pitinhapode ser [derivação feminino singular de pitapita] ou [derivação feminino singular de pitopito].

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pita1pita1
( pi·ta

pi·ta

)


nome feminino

1. [Botânica] [Botânica] Planta (Agave americana) da família das agaváceas, de folhas muito grandes, rígidas e carnosas, distribuídas em roseta e inflorescências sobre uma haste muito longa. = AGAVE, BABOSA-BRAVA, PITEIRA

2. Conjunto de fibras das folhas dessa planta.

3. Trança feita com esses fios que se põe na ponta dos chicotes.

4. [Informal] [Informal] Galinha ou franga (ex.: a pita está no choco; pita poedeira).

5. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Menina jovem.


nome masculino

6. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Homem considerado efeminado.

etimologiaOrigem etimológica:quíchua pita, fio fino.

pito1pito1
( pi·to

pi·to

)


nome masculino

1. [Informal] [Informal] Cria de galinha; frango ou pinto (ex.: a galinha e os pitos andavam à solta).

2. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Criança ou jovem. = GAROTO

3. [Calão] [Tabuísmo] Órgão sexual feminino.


de pito aceso

[Calão] [Tabuísmo] Em estado de excitação.

etimologiaOrigem etimológica:alteração de pinto.

pita2pita2
( pi·ta

pi·ta

)


nome feminino

[Culinária] [Culinária] Pão de trigo, redondo e achatado, tradicional da cozinha do Médio Oriente e do Mediterrâneo. = PÃO ÁRABE, PÃO PITA, PÃO SÍRIO

etimologiaOrigem etimológica:grego moderno pita.

pito2pito2
( pi·to

pi·to

)


nome masculino

1. [Antigo] [Antigo] Instrumento que, com o sopro, produz um silvo. = ASSOBIO, APITO

2. Tubo ou orifício por onde se enche um insuflável, geralmente uma bola.

3. [Brasil] [Brasil] Cachimbo.

4. [Brasil: Sul] [Brasil: Sul] Cigarro.

5. [Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe] [Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe] [Música] [Música] Flauta de bambu.

6. [Portugal: Beira, Minho, Trás-os-Montes] [Portugal: Beira, Minho, Trás-os-Montes] Interior podre da fruta.

7. [Regionalismo] [Regionalismo] [Culinária] [Culinária] Parte húmida e cremosa do interior de um bolo, em especial do pão-de-ló.

8. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] [Culinária] [Culinária] Pastel típico da cidade portuguesa de Vila Real, recheado com doce de abóbora (ex.: pitos de Santa Luzia).

9. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pequena reprimenda (ex.: levar um pito). = DESCOMPOSTURA, RESPONSO

10. [Brasil: Sul] [Brasil: Sul] Cavalo muito magro.

11. [Brasil: Minas Gerais] [Brasil: Minas Gerais] [Entomologia] [Entomologia] O mesmo que libélula.

etimologiaOrigem etimológica:origem duvidosa.

pita3pita3
( pi·ta

pi·ta

)


nome feminino

[Ornitologia] [Ornitologia] Designação dada a várias aves passeriformes dos géneros Erythropitta, Hydrornis e Pitta.

etimologiaOrigem etimológica:latim científico Pitta, do télugo.

pito3pito3
( pi·to

pi·to

)


nome masculino

[Arqueologia] [Arqueologia] Vaso de grande capacidade, usado para armazenar vinho ou outras provisões na Grécia antiga.

etimologiaOrigem etimológica:grego píthos, -ou.

PitinhaPitinha

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Está correcta a palavra bidãos como plural de bidão ou deveria ser bidões?
A palavra bidão forma o plural regular bidões e não *bidãos.



Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).