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tolerais

insofrido | adj.

Que não tolera sofrimento; que não é ou é pouco sofredor....


permissivo | adj.

Que dá ou envolve permissão....


micuim | n. m.

Parasita microscópico do Brasil que, introduzindo-se na pele humana, causa nela uma comichão intolerável....


mucuim | n. m.

Parasita microscópico do Brasil que, introduzindo-se na pele humana, causa nela uma comichão intolerável....


tolerada | n. f.

Prostituta matriculada ou legalizada....


crimófilo | adj. n. m.

Que ou quem se dá bem em climas frios; que ou quem gosta ou tolera muito bem o frio....


tolerado | adj. n. m.

Que ou aquele que se tolera....


azaqui | n. m.

Certo tributo que pagavam os muçulmanos tolerados e que consistia na décima parte dos frutos da terra....


intolerante | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que carece de tolerância; que não tolera....


Qualidade do que não se pode tolerar, do que é intolerável....


Qualidade do que se pode tolerar, do que é tolerável....


pachorra | n. f.

Capacidade de tolerar contrariedades, dissabores ou incómodos com calma ou resignação (ex.: estou sem pachorra para aturar gente chata; haja pachorra para tanta hipocrisia; ter a pachorra de escrever um número por extenso)....


tolerante | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g.

Que ou quem tolera ou mostra tolerância....


paciência | n. f. | interj.

Capacidade de tolerar contrariedades, dissabores, infelicidades ou incómodos com calma ou resignação....


aparar | v. tr.

Receber (o que outrem atira ou o que cai)....


aturar | v. tr. | v. intr.

Sofrer (mais por hábito ou conveniência que com resignação)....


consentir | v. tr. | v. intr.

Dar licença....


digerir | v. tr.

Fazer a digestão de....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o plural de pneumotórax: pneumotóraxes ou pneumotóraces?
A palavra pneumotórax é considerada uma palavra de dois números ou invariável, isto é, o seu plural deverá ser igual ao singular.

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 180), as palavras paroxítonas ou graves (palavras cujo acento de intensidade recai na penúltima sílaba) terminadas em -x (ex.: clímax, córtex, tórax) são invariáveis em número, seguindo a mesma regra das palavras paroxítonas terminadas em -s (ex.: lápis, oásis). Sendo assim, a sua forma mantém-se inalterada quer estejam no singular (ex.: córtex cerebral, um lápis, o pneumotórax) quer estejam no plural (ex.: córtex cerebrais, dois lápis, os pneumotórax).

Este não é, no entanto, um assunto consensual, havendo dicionários (nomeadamente brasileiros) que registam plural para palavras graves terminadas em -x. O Dicionário Houaiss, por exemplo, na sua edição portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) regista córtex e pneumotórax como substantivos invariáveis, enquanto na edição brasileira (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001) regista os plurais córtices e pneumotóraces.

Adenda de 15-09-2010: Esta flutuação, principalmente em dicionários e vocabulários brasileiros, parece ser menor a partir da última edição do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (5.ª edição, 2009), uma vez que os dicionários brasileiros com edições posteriores registam grande parte destas palavras como substantivos invariáveis, seguindo a opção da Academia Brasileira de Letras (veja-se a edição do Dicionário Houaiss de 2009, por exemplo).




O verbo aconselhar no pretérito perfeito do indicativo está acentuado. Mas é "nós aconselhamos" e não "aconselhámos", certo?
Diferentemente do que sucedia no sistema verbal brasileiro, na norma europeia do português, e de acordo com a base XVII do Acordo Ortográfico de 1945, em Portugal, assinalava-se sempre com acento agudo a primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação, terminados em -ar (ex.: aconselhámos). Com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, a base IX estipula, no seu ponto 4, que o acento agudo das formas verbais de pretérito perfeito do indicativo passa a ser facultativo (ex.: aconselhámos ou aconselhamos), para que se distingam das formas do presente do indicativo (ex.: aconselhamos). No entanto, é possível que a forma acentuada se mantenha como a preferencial em Portugal, uma vez que era essa a única grafia permitida pela anterior norma ortográfica, como acima se referiu.

É de salientar que as indicações acima se referem apenas à ortografia. Do ponto de vista da pronúncia, a distinção entre a vogal tónica com timbre aberto (equivalente a -ámos) ou fechado (equivalente a -âmos) no pretérito perfeito não é feita em muitos dialectos do português, nomeadamente em zonas do Norte de Portugal, na Madeira e em dialectos do Brasil (esse foi um dos argumentos para retirar a obrigatoriedade do acento gráfico no Acordo Ortográfico de 1990).

Devemos ainda referir que nos verbos da segunda (ex.: comer) e terceira conjugações (ex.: partir), não há qualquer distinção gráfica (ou fonética) entre a primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do pretérito perfeito do indicativo (ex.: comemos ontem, comemos agora; partimos ontem, partimos agora).

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é um dicionário de português que permite a consulta de palavras na grafia com ou sem o novo acordo ortográfico, na norma europeia ou brasileira do português. Se consultar a conjugação na norma europeia, com a opção antes do novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma acentuada (aconselhámos); se consultar a conjugação com a opção da nova grafia seleccionada, surgem as duas opções (aconselhámos e aconselhamos). Se consultar a conjugação na norma brasileira, com ou sem o novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma sem acento (aconselhamos).


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