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socialista

bolchevismo | n. m.

Organização social que assenta numa revolução completa da vida económica e social e se caracteriza por pretender realizar o máximo das reivindicações socialistas e comunistas....


politburo | n. m.

Escritório político do Comité Central do Partido Comunista da Rússia (criado em 1917), depois da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.)....


fáscio | n. m.

Após a Grande Guerra, coligação dos partidos nacionalistas opostos aos socialistas....


soviético | adj. | n. m.

Relativo à antiga U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), estado socialista que sucedeu ao império dos czares....


pessebismo | n. m.

Conjunto das doutrinas e do pensamento político do Partido Socialista Brasileiro....


socialista | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é partidário ou simpatizante de uma organização socialista, nomeadamente de um partido socialista....


bloquista | n. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Relativo a ou partidário do Bloco de Esquerda, partido político português (ex.: deputado bloquista; debate entre socialistas e bloquistas)....


pessebista | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Relativo ao Partido Socialista Brasileiro....


possibilista | adj. 2 g. n. 2 g.

Socialista oportunista....


proudhoniano | adj. | adj. n. m.

Relativo a Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), filósofo, economista e socialista francês, ou às suas teorias económicas, sociais e políticas....


fabiano | adj. | adj. n. m. | n. m.

Relativo a ou membro da Sociedade Fabiana, organização britânica de esquerda fundada em 1884, que defende a aplicação de princípios socialistas por meio de reformas graduais e não revolucionárias....


fabianismo | n. m.

Movimento ideológico e político decorrente da Sociedade Fabiana, organização britânica de esquerda que defende a implementação de princípios socialistas gradualmente e não de forma revolucionária....


fabianista | adj. 2 g. n. 2 g.

Relativo a ou adepto do fabianismo, movimento ideológico e político socialista, que defende reformas graduais e não revolucionárias....


socializar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se socialista....


Conceito genérico que designa um conjunto de partidos, agentes políticos e população que partilha doutrinas, ideologias, orientações ou princípios considerados mais à esquerda dos tradicionais partidos socialistas e comunistas, ou mais extremados do que estes....


esquerda | n. f. | interj.

Conceito genérico que designa um conjunto de partidos, agentes políticos e população que partilha doutrinas, ideologias, orientações ou princípios que se aproximam dos partidos socialistas e comunistas....


bandeira | n. f.

Designação dada à bandeira dos partidos de esquerda, nomeadamente comunistas, marxistas ou socialistas....


anti-socialista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou pessoa que combate as ideias socialistas....


extrema-esquerda | n. f. | n. 2 g.

Conceito genérico que designa um conjunto de partidos, agentes políticos e população que partilha doutrinas, ideologias, orientações ou princípios considerados mais à esquerda dos tradicionais partidos socialistas e comunistas, ou mais extremados do que estes....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



"Incindível" é uma palavra do português de Portugal?
Apesar de não estar incluído na nomenclatura do Dicionário da Língua Portuguesa On-Line, o adjectivo incindível encontra-se registado noutros dicionários de língua portuguesa, tendo também ocorrências em corpora e em motores de pesquisa da Internet. O registo lexicográfico do termo não é, porém, unânime quanto à sua definição.

Assim, o Dicionário Lello Prático Ilustrado (Porto, Lello Editores, 2004) regista os termos incindir ("que não se pode dividir, separar ou cortar" [sic]) e incindível ("que não se pode separar"), o que pressupõe uma formação por prefixação com aposição do prefixo de negação in- ao verbo cindir (incindir será assim antónimo de cindir, que significa "separar") e ao adjectivo cindível (incindível será assim antónimo de cindível, que significa "separável"). Este uso do adjectivo incindível é corroborado por pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet, sobretudo na área do direito (ex.: conjunto incindível, relações incindíveis), tanto em páginas portuguesas como em páginas brasileiras.

Por outro lado, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) diz exactamente o contrário, registando o verbo incindir como sinónimo de cindir e o adjectivo incindível como sinónimo de cindível, o que pressupõe uma formação por prefixação com aposição do prefixo de “interioridade” ou de “movimento para dentro” in- ao verbo cindir e ao adjectivo cindível, formação em tudo análoga à que sucede com infiltrar e infiltrável, que não são antónimos de filtrar e de filtrável, respectivamente. As definições de incindir e incindível presentes no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa são também as únicas apresentadas pelo Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (3.ª ed., Curitiba, Positivo, 2004), apenas com indicação em incindir de se tratar de termo com origem no latim tardio inscindere (de in- + scindere “rachar, fender”).

Já o Grande Dicionário Língua Portuguesa (1ª ed., Porto, Porto Editora, 2004) regista incindir com o significado “efectuar incisão em; separar” mas incindível com o significado contrário “que não se pode cindir ou separar; inerente”; o mais correcto nestes casos teria sido o registo de duas entradas homónimas incindível, uma com o significado “que não se pode cindir” e outra com o sentido “que é passível de incindir”.

Pelo que acima foi dito, o adjectivo incindível encontra-se bem formado, mas tanto pode significar "que não se pode separar" e ser antónimo de cindível, uso aliás maioritário nas pesquisas efectuadas, como pode ser sinónimo de cindível e significar "que se pode separar", significado apenas atestado nos dicionários brasileiros referidos.


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