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esquerda

A forma esquerdapode ser [feminino singular de esquerdoesquerdo], [interjeição] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
esquerdaesquerda
|ê| |ê|
( es·quer·da

es·quer·da

)


nome feminino

1. Mão esquerda. = SINISTRADESTRA, DEXTRA, DIREITA

2. Lado esquerdo.

3. [Política] [Política] Parte de uma assembleia política que fica à esquerda do presidente (em certos parlamentos).

4. [Política] [Política] Conjunto dos grupos e partidos que professam opiniões progressistas, por oposição à direita, conservadora.

5. [Política] [Política] Conceito genérico que designa um conjunto de partidos, agentes políticos e população que partilha doutrinas, ideologias, orientações ou princípios que se aproximam dos partidos socialistas e comunistas.


interjeição

6. Voz de comando para fazer executar um movimento sobre o lado esquerdo.


esquerda alta

[Teatro] [Teatro]  Zona mais recuada do palco situada à esquerda, do ponto de vista do espectador.

esquerda baixa

[Teatro] [Teatro]  Zona avançada do palco situada à esquerda, do ponto de vista do espectador.

esquerda caviar

[Depreciativo] [Depreciativo] [Política] [Política]  Designação atribuída a quem se identifica ideologicamente como socialista ou comunista, mas que tem um estilo de vida considerado abastado e contrário aos ideais de esquerda (ex.: o resultado eleitoral foi uma surpresa para a esquerda caviar).

etimologiaOrigem etimológica: feminino de esquerdo.
esquerdoesquerdo
|ê| |ê|
( es·quer·do

es·quer·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que está do lado do coração. = SESTRODIREITO

2. Que tem maior habilidade com o lado esquerdo do corpo, em especial com a mão, do que com o lado direito. = CANHO, CANHOTO, ESQUERDINO, SINISTRODESTRO, DIREITO

3. Que é torto ou torcido. = VESGO

4. [Figurado] [Figurado] Esquivo ou enviesado.

5. Sem habilidade ou agilidade. = DESAJEITADOÁGIL, HÁBIL

6. Que é acanhado, tímido ou inseguro. = INSEGUROCONFIANTE, SEGURO

7. Não muito merecedor de confiança.


nome masculino

8. O que está do lado esquerdo; a esquerda.


fazer-se esquerdo

Fingir que não ouve ou não percebe.

esquerdaesquerda

Auxiliares de tradução

Traduzir "esquerda" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Com a nova terminologia como é classificada a palavra "inverno"? Nome próprio ou comum? Esta dúvida prende-se ao facto de este vocábulo passar a ser escrito com letra minúscula por força do novo acordo ortográfico.
A classificação da palavra "inverno" não muda com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, pois este acordo visa alterar apenas a ortografia e não a classificação das classes de palavras.

Para além da convenção de usar maiúsculas em início de frase e das opções estilísticas de cada utilizador da língua, o uso de maiúsculas está previsto pelos documentos legais que regulam a ortografia do português (o Acordo Ortográfico de 1990, ou, anteriormente, o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu, e o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil).

O Acordo Ortográfico de 1990 deixou de obrigar as maiúsculas, por exemplo, nas estações do ano, mas deve referir-se que o Acordo Ortográfico de 1945 também não obrigava a maiúscula inicial nas palavras "inverno", "primavera", "verão" e "outono" nos significados que não correspondem a estações do ano (ex.: o menino já tem 12 primaveras [=anos]; este ano não tivemos verão [=tempo quente]; o outono da vida).

Um nome próprio designa um indivíduo ou uma entidade única, específica e definida. Antes ou depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra "inverno" tem um comportamento que a aproxima de um nome comum, pois admite restrições (ex.: tivemos um inverno seco ) e pode variar em número (ex.: já passámos vários invernos no Porto), havendo inclusivamente uma acepção da palavra em que é sinónima de "ano" (ex.: era um homem já com muitos invernos).

A reflexão acima aplica-se a outras divisões do calendário (nomeadamente nomes de meses e outras estações do ano).




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.