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sertão

calhambola | n. m.

Dizia-se de pessoa escrava que fugira para o sertão....


mocambo | n. m.

Local onde os escravos negros se abrigavam, quando fugiam para o mato....


ubatã | n. m.

Árvore terebintácea dos sertões....


canindé | n. m.

Tipo de faca comprida e afiada usada no sertão do Ceará....


catinga | n. f.

Formação vegetal xerófila do interior do Nordeste do Brasil (sertão) constituída por arbustos espinhosos e cactáceas. [Pode ser fechada e impenetrável, ou aberta, segundo as condições climáticas e pedológicas.]...


zumbi | n. m.

Lugar ermo do sertão....


cutuca | n. m.

Sela de arções altos, usada por vaqueiros do sertão nordestino....


curau | n. m.

Caipira, homem do sertão....


ginete | n. m.

Cavalo de raça....


içara | n. f.

Palmeira dos sertões brasileiros....


bogó | n. m.

Bolsa de couro usada no sertão, para transportar pequenos objectos....


cipó | n. m.

Nome comum de plantas sarmentosas do sertão....


pombe | n. m.

Sertão....


pombeiro | n. m. | adj.

O que atravessa os sertões, negociando com os indígenas....


seriema | n. f.

Ave pernalta (Cariama cristata) da família dos cariamídeos que prefere correr a voar, caracterizada por plumagem parda, cauda e pescoço longos, asas curtas e um feixe de penas acima do bico, encontrada nos sertões da América do Sul....


tocari | n. m.

Nome de uma árvore frutífera do sertão....


fuba | n. f.

Bebida fermentada do sertão africano....


funante | n. 2 g.

Negociante português da costa de África que vai ou manda os seus empregados fazer trocas comerciais no interior do sertão (ex.: o freguês aceitou o tabaco que o funante lhe ofereceu)....


guanevana | n. 2 g. | adj. 2 g.

Indígena da tribo dos Guanevanas, a qual habitou nos sertões do Pará....



Dúvidas linguísticas



Trabalho com luteria ou luteraria? Encontrei os dois no Aurélio em edições diferentes, mas qual eu uso?
Será lutheria? Mas isto é português, italiano ou francês?
Outra dúvida: escrevo arte lutérica ou luterárica?
É muito comum utilizar-se o galicismo lutherie para designar a profissão de luthier.

No entanto, e como já estão atestadas alternativas aportuguesadas daquele estrangeirismo, é sempre preferível optar pelas formas que seguem as normas da ortografia portuguesa. Uma vez que luteria é a forma que mais se aproxima do seu étimo (lutherie), deve ter uso preferencial, i.e., deverá optar por usar luteria em vez de luteraria.

Ambos os adjectivos (lutérico e luterárico) são possíveis, apesar de nenhum deles ter registo em dicionários e léxicos da língua portuguesa. No entanto, e uma vez que lutérico é a forma que deriva de luteria, essa deverá ser a preferencial.




Com relação à conjugação do verbo adequar e às explicações que vocês forneceram para uma consulta enviada, quero registrar que estranha-me o fato de vocês terminarem a explicação dizendo "..., como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade."
Seguramente, se formos considerar tudo o que hoje é uma hipótese, já como realidade ouviremos inúmeros "a nível de Brasil", "houveram muitos problemas", "menas pessoas", "há dez anos atrás", "fazem muitos anos que não a vejo", etc.
Entendo que, a partir daí, as regras gramaticais não farão mais nenhum sentido na nossa língua portuguesa.
Sem contar que na conjugação desse mesmo verbo, no Pretérito Perfeito do Indicativo, vocês acentuaram a primeira pessoa do plural, regra de acentuação que desconheço e que, se vocês observarem, também não consta do Houaiss.
Permita-me uma segunda observação: a resposta para essa pesquisa vocês consultaram Rebelo Gonçalves, no Vocabulário da Língua Portuguesa, datado de 1966. A última reforma ortográfica data, se não me engano, de 1973, portanto muito tempo depois.
A defectividade de determinados verbos sempre foi objecto de discussão entre linguistas e gramáticos, uma vez que, apesar de alguns serem considerados defectivos em determinadas acepções, o uso das restantes formas que não fazem parte do paradigma defectivo é sempre possível em determinados contextos. Os outros casos que refere como sendo também possíveis de utilização normativa futura são consensuais entre os gramáticos quanto à sua incorrecção, não gerando qualquer discórdia a nível semântico, lexical ou sintáctico. A justificação apresentada na resposta quer apenas indicar que, enquanto até há pouco tempo os dicionários de língua e de conjugação registavam alguns verbos como defectivos, existem obras que actualmente conjugam os mesmos verbos em todas as pessoas, fazendo a indicação da sua defectividade nas gramáticas tradicionais.

O Vocabulário de Rebelo Gonçalves, apesar de editado em 1966, continua a ser a referência para a elaboração de obras lexicográficas e para o esclarecimento de muitas dúvidas. Enquanto não sair do prelo a nova edição revista do Vocabulário de Rebelo Gonçalves ou um novo elaborado pela Academia das Ciências de Lisboa que venha a ser reconhecidamente a referência lexicográfica para o Português europeu, aquele continuará a ser a base por excelência para a elaboração de dicionários e para a resolução de dúvidas lexicais (para a norma europeia do Português).

Ao contrário do que refere, a última reforma ortográfica não data de 1973, uma vez que a lei promulgada nesse ano em Portugal é apenas uma revisão e simplificação de determinados pontos do acordo ortográfico de 1945, que o Brasil não ratificou.

Quanto à flexão acentuada graficamente do verbo adequar no pretérito perfeito do indicativo (adequámos), o paradigma dos verbos regulares da 1.ª conjugação prevê, em Portugal e não no Brasil, que se acentue as formas da primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (que em Portugal se pronunciam com a aberto) para se distinguir das formas do presente do indicativo (que em Portugal se pronunciam com a fechado): comprámos/compramos, lavámos/lavamos, registámos/registamos, etc. Portanto, a conjugação apresentada no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa está de acordo com o estabelecido no acordo ortográfico em vigor em Portugal.


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