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bandoleiro

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bandoleirobandoleiro
( ban·do·lei·ro

ban·do·lei·ro

)


nome masculino

1. Pessoa que pratica assaltos. = ASSALTANTE, BANDIDO, LADRÃO

2. Salteador que percorria o sertão do Nordeste do Brasil, geralmente em grupos armados, sobretudo no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. = CANGACEIRO

3. Indivíduo que engana ou mente. = MENTIROSO, TRAPACEIRO

4. [Brasil] [Brasil] Cão que vagueia, seguindo qualquer pessoa.


adjectivoadjetivo

5. Que é inconstante, sobretudo no amor ou na amizade. = BANDEIRO, INSTÁVEL, VOLÚVEL

6. Que não tem paradeiro definitivo. = ERRANTE

7. Que não tem ocupação. = OCIOSO

8. [Brasil: Norte] [Brasil: Norte] Diz-se do animal que se perde do rebanho.

etimologiaOrigem etimológica:espanhol bandolero.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:bandidagem, bando, caterva, choldra, corja, horda, quadrilha, súcia.

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Dúvidas linguísticas


Em um texto que estou a estudar surge a palavra "onomatúrgica", no entanto não consigo achar o seu significado nem no vosso site nem em nenhum dicionário. Gostaria de saber o seu significado.
O adjectivo onomatúrgico não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição. No entanto, o seu uso não pode ser condenado, porquanto está correctamente formado; deriva da palavra grega onomatourgós, que significa “que cria palavras ou dá nomes às coisas” e que deu também origem ao português onomaturgo (termo que, de igual modo, não se encontra averbado em nenhum dicionário de língua portuguesa). Os termos onomaturgo e onomatúrgico são sinónimos enquanto adjectivos, com o mesmo sentido do étimo grego (ex.: trabalho onomaturgo = trabalho onomatúrgico), mas onomaturgo pode ainda ser usado como substantivo, com o significado “aquele que cria palavras ou dá nomes às coisas” (ex.: para aquele filósofo, Deus é um onomaturgo).



Qual o critério para classificar o verbo comer de substantivo masculino? Venho por este meio mostrar a minha indignação relativamente às entradas como substantivo na pesquisa do verbo "comer" (https://dicionario.priberam.org/comer).
A língua portuguesa permite que quase todos os verbos tenham, pelo menos hipoteticamente, uma utilização nominal do infinitivo (ex.: o manipular [= manipulação] deste objecto pode ser perigoso; não entendo o proceder [= procedimento] dele). Normalmente, só há registo lexicográfico quando este uso tem um significado que ultrapassa a acção do verbo ou quando a palavra tem uma distribuição com todas as características da classe dos substantivos (ex.: o amanhecer da ideia foi uma conversa de amigos; com o correr dos anos, ficou mais dócil; vimos bonitos entardeceres; estudou os falares do Alentejo; ele é um ser estranho).

É também este o caso da palavra comer, que surge registada em todos os dicionários consultados (e o Dicionário Priberam não é excepção) como verbo e como substantivo (com os significados de comida ou refeição), seguindo este mesmo critério.

Esta classificação corresponde a um uso efectivo na língua em diversos contextos, que pode ser verificada em corpora e motores de pesquisa, podendo ter abonações literárias em autores como Afonso Lopes Vieira, Aquilino Ribeiro, Alves Redol, Guimarães Rosa ou João de Barros, entre outros, ou abonações em obras de divulgação (ex.: Comeres de África Falados em Português, Comeres de Lisboa - Um Roteiro Gastronómico, Festas e Comeres do Povo Português).

Apesar disto, a palavra é considerada informal em alguns meios; daí, provavelmente, o motivo da sua indignação. A função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Dada a riqueza da língua, o falante terá sempre a opção de não utilizar determinadas palavras, consoante as suas necessidades, preferências ou preconceitos.