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responsabilizáveis

garante | n. 2 g.

Fiador; abonador....


pião | n. m.

Objecto de madeira, metal ou plástico de forma cónica, com um bico (ferrão), que serve para jogo ou brincadeira....


responsabilizador | adj. n. m.

Que ou o que responsabiliza ou atribui responsabilidades....


comprometer | v. tr. | v. pron.

Obrigar por compromisso....


co-responsabilizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Dividir responsabilidade(s) entre duas ou mais pessoas ou entidades....


desresponsabilizar | v. tr. | v. pron.

Livrar de determinada responsabilidade; tornar irresponsável....


ficar | v. intr. e pron. | v. pron. | v. tr. e intr.

Permanecer; não sair de....


obrigar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Impor obrigação a....


responder | v. tr. | v. intr.

Dar resposta a....


tirotear | v. tr. | v. intr. | n. m.

Dirigir tiroteio a (ex.: foi responsabilizado como o homem que mandou tirotear o povo na praça)....


Carta pela qual se faz um pedido de assistência, de concorrência ou de presença de alguém em determinado acto ou evento (ex.: a empresa recebeu uma carta-convite para se apresentar a concurso; o serviço envia cartas-convite para realização de mamografias de rastreio)....


imputável | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que se pode atribuir ou imputar a (ex.: atraso estrutural imputável aos governos anteriores)....


inimputável | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que não se pode atribuir ou imputar a (ex.: resultados inimputáveis à empresa)....


Que não se pode responsabilizar (ex.: aparelho administrativo irresponsabilizável; autor irresponsabilizável)....


responsabilizável | adj. 2 g.

Que se pode ou se deve responsabilizar; a que se pode imputar responsabilidade....


Acto ou efeito de tornar ou ficar responsável, de atribuir ou de assumir a responsabilidade (ex.: responsabilização criminal; o artigo defende a sua responsabilização enquanto administradores)....




Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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