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precedeste

alcióneo | adj.

Do alcião ou a ele relativo....


Diz-se de um ciclo menstrual durante o qual a menstruação não foi precedida por ovulação....


anteontem | adv.

No dia que precedeu o dia de ontem....


enclítico | adj.

Diz-se de palavra que, sendo átona ou perdendo o acento próprio, parece fazer parte de outra, que a precede....


migo | pron. pess. 2 g.

Flexão do pronome mim, quando precedida da preposição com....


mim | pron. pess. 2 g.

Variação do pronome eu, sempre que é precedido de preposição (ex.: a mim ninguém me dá nada; contra mim falo; ele chegou antes de mim; o assunto ficou entre mim e eles; eles souberam da notícia por mim; foi simpático o que ela disse sobre mim; isso é para mim?)....


nosco | pron. pess. 2 g.

Forma do pronome nós, geralmente precedida da preposição com....


preventivo | adj.

Que tem por fim acautelar ou impedir (ex.: vacinação preventiva)....


prévio | adj.

Feito ou dito com antecipação, antes de outra coisa....


Que faz progressos, que progride....


dano- | elem. de comp.

Exprime a noção de dinamarquês, precedendo muitas vezes outros nomes de povos (ex.: dano-norueguês)....


A causa precede o efeito, o todo resulta da reunião das partes (ex.: para ter uma esquadra, são precisos navios, ante mare, undae)....


ab-rupto | adj.

Que tem grande declive ou inclinação....


ut supra | loc.

Fórmula muitas vezes empregada, nomeadamente em actos jurídicos, para remeter aquilo que precede....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.




Recentemente encontrei uma palavra escrita de duas maneiras diferentes, ambas referentes a um mamífero conhecido: ouriço-cacheiro e ouriço-caixeiro. Gostaria de saber se está correcto utilizar ambas as representações.
A forma correcta é ouriço-cacheiro, uma vez que esta é a designação de várias espécies de pequenos mamíferos que se enrolam quando pressentem perigo, escondendo-se sob os espinhos. A palavra é composta por justaposição do substantivo ouriço e do adjectivo cacheiro, que significa "que se esconde". A forma *ouriço-caixeiro é incorrecta, como indica o asterisco, e resulta da confusão entre as palavras parónimas (têm pronúncia e grafia semelhantes) cacheiro e caixeiro, sendo esta última um substantivo que designa geralmente uma pessoa que efectua vendas ao público ou uma pessoa que fabrica caixas ou que trabalha com elas.

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