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perfilhas

espúrio | adj.

Que não tem pai certo ou que não pode ser perfilhado (ex.: filho espúrio)....


De natureza ou com o carácter das obras de Voltaire....


perfilhador | adj. n. m.

Que ou aquele que perfilha....


animalculista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou pessoa que perfilha o animalculismo....


adoptar | v. tr.

Tomar por filho....


afilhar | v. intr. | v. tr.

Dar filhos (o animal)....


filhar | v. tr. e intr.

O mesmo que perfilhar....


filiar | v. tr. | v. tr. e pron.

Reconhecer legalmente como filho....


perfilar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Traçar o perfil de....


renunciar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. intr.

Desistir daquilo a que se tem direito....


perfilhar | v. tr. | v. intr.

Receber por filho, segundo os preceitos legais....


perfilhante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem perfilha ou que adopta como filho....


filhado | adj.

O mesmo que perfilhado....


arrogar | v. tr. | v. pron.

Atribuir a si como próprio....


arrogante | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g.

Que ou quem mostra arrogância, altivez ou orgulho exagerado....



Dúvidas linguísticas



Diz-se parecido a ou parecido com? Por exemplo, parecido ao Pai ou parecido com o Pai? Ambas as formas estão correctas?
O adjectivo parecido pode ser regido, tal como o verbo parecer de que deriva, pelas preposições a e com. Assim, ambas as expressões que refere estão correctas, assim como correctas estão as frases parece-se ao pai e parece-se com o pai.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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