PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

modificação

Que modifica a alcalinidade dos humores....


estral | adj. 2 g.

Relativo ao estro....


flexivo | adj.

Diz-se das línguas que modificam a significação das palavras por meio das flexões....


Diz-se dos fenómenos geológicos que compreendem os movimentos que modificam a superfície do Globo e os convulsivos ou terramotos....


inalterado | adj.

Não alterado; não modificado....


programável | adj. 2 g.

Diz-se de um dispositivo automático cujo programa de trabalho se introduz por meio de um suporte, tal como a fita perfurada ou magnética, e pode, pois, ser facilmente modificada....


antrópico | adj.

Relativo ao ser humano ou à sua acção....


muta- | elem. de comp.

Exprime a noção de transformação (ex.: mutagénese)....


adnominal | adj. 2 g.

Que está junto ao nome (ex.: posição adnominal)....


Resposta célebre do P.e Lorenzo Ricci, geral dos Jesuítas, a alguém que lhe propunha modificar os Estatutos dessa Ordem; emprega-se para significar que por nenhum preço se deseja alterar uma certa coisa estabelecida....


adulterado | adj.

Que se adulterou ou modificou....


alteração | n. f.

Modificação na forma ou na qualidade....


Técnica de modificação corporal que consiste em cortes superficiais na pele, produzindo cicatrizes mais ou menos pronunciadas (ex.: em algumas culturas, a escarificação é considerada um símbolo de beleza)....


monótipo | n. m. | adj.

Máquina de compor, com caracteres móveis. (Difere do linótipo, por fundir os caracteres letra a letra, enquanto o linótipo funde linha a linha.)...


ortogénese | n. f.

Modificação individual de um organismo vivo, devido a causas intrínsecas, sem que tenha havido adaptação ao meio....



Dúvidas linguísticas



Em https://www.flip.pt/Duvidas.../Duvida-Linguistica/DID/777 vocês concluem dizendo "pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se". Nesse caso, pelas mesmas regras ali expostas, não teria de ser "pois se trata"? O "pois" não atrai nunca próclise?
No português europeu, a conjunção pois não é geralmente um elemento desencadeador de próclise (posição pré-verbal do pronome pessoal átono, ou clítico), a qual, como se referiu na resposta à dúvida posição dos clíticos, está associada a fenómenos gramaticais de negação, quantificação, focalização ou ênfase (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2241-2242).


Pesquisas em corpora revelam que, na norma europeia, existem casos da conjunção pois com próclise (ex.: As despesas não aumentaram tanto como as receitas, pois se arredondaram em 26 811 contos) mas comprovam também que, estatisticamente, essa conjunção é mais usada com ênclise (posição pós-verbal do pronome pessoal átono), como na frase Em conclusão, as frases que nos enviou enquadram-se no contexto referido na alínea f), pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se. Essa tendência é também corroborada pela seguinte afirmação de Ana Maria Martins, que se debruça sobre o tema na obra acima citada: «As orações explicativas introduzidas por pois (cf. Caps. 34, 35 e 38) apresentam sempre colocação enclítica dos pronomes átonos (desde que a próclise não seja independentemente motivada) [...].» (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 2299).


Na norma brasileira, dado que a tendência natural é para a colocação do pronome antes do verbo, tal como se afirma na resposta à dúvida amanhã: ênclise ou próclise?, o habitual é a conjunção pois ser mais usada com próclise (ex.: O resultado foi satisfatório, pois se conseguiu atingir o objetivo).




A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.


Ver todas