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latão

bate-folha | n. 2 g.

Pessoa que trabalha com latão ou folha-de-flandres....


careto | n. m. | adj.

Personagem carnavalesca, diabólica ou misteriosa, com máscara de couro, latão ou madeira, traje muito colorido, geralmente franjado e com uma enfiada de chocalhos à cintura, comum em algumas zonas do Norte de Portugal. [Em 2019, a UNESCO considerou os caretos de Podence património cultural e imaterial da humanidade.]...


latonagem | n. f.

Arte de executar trabalhos de relevo em folhas metálicas....


espíntria | n. 2 g. | n. f.

Medalha de bronze ou latão, usada na Antiga Roma, com representações de actos sexuais....


auricalco | n. m.

Designação dada a uma metal ou liga de metal finos, de bronze, de cobre ou um latão com mistura de ouro e prata ou de que falam antigos autores gregos....


forqueta | n. f.

Peça de ferro ou latão em forma de forquilha, onde se apoia o remo das embarcações....


latoeiro | n. m.

O que faz ou vende obras de latão ou de lata....


contrabico | n. m.

Extremidade superior do bico de certos vasos de latão, a qual forma ângulo com a outra extremidade....


vergadura | n. f.

Cada um dos fios de latão, muito apertados e paralelos, cujo conjunto constitui uma espécie de tela metálica destinada a fixar a pasta no fabrico de papel à mão....


oricalco | n. m.

Designação dada a uma metal ou liga de metal finos, de bronze, de cobre ou um latão com mistura de ouro e prata ou de que falam antigos autores gregos....


canutilho | n. m.

Fio de latão, prateado, que se enrola nos bordões dos instrumentos de corda....


éreo | adj.

Que é feito ou coberto de bronze, cobre ou latão....


ouropel | n. m.

Folha delgada de latão ou de cobre....


ouripel | n. m.

Folha delgada de latão ou de cobre....


latão | n. m.

Liga de cobre e zinco (ex.: anel de latão; chapa de latão; os latões são dúcteis e maleáveis)....


alatoar | v. tr.

Guarnecer com chapas ou marchetes de latão....


latear | v. tr.

Guarnecer de lata ou latão....


caço | n. m.

Vaso de latão, com cabo comprido, no qual se aquece o leite....


latoada | n. f.

Manifestação em que um conjunto de pessoas faz barulho com objectos de lata ou latão....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).


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