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língua

aglosso | adj.

Privado de língua....


Que não tem alfabeto (ex.: língua analfabética)....


anárico | adj.

Diz-se das línguas que não pertencem à família árica....


canónico | adj.

Que segue a estrutura mais usual ou mais neutra na língua (ex.: a ordem canónica dos elementos da frase em português é sujeito-verbo-objecto)....


carraspuda | adj. f.

Diz-se da língua quando está suja ou áspera....


comparado | adj.

Diz-se de certos estudos em que se procuram pontos de contacto em coisas diferentes: anatomia comparada (de vários animais); gramática comparada (de várias línguas)....


decânico | adj.

Diz-se de um grupo de línguas asiáticas....


Em que há declinações (línguas)....


extenso | adj.

Que se escreve sem abreviatura (ex.: escrevi por extenso Comunidade de Países de Língua Portuguesa e não CPLP)....


flexivo | adj.

Diz-se das línguas que modificam a significação das palavras por meio das flexões....


gerativo | adj.

Que é capaz de gerar o conjunto infinito das frases de uma língua por meio da aplicação de um conjunto finito de regras....


gestual | adj. 2 g.

Que se faz com gestos (ex.: língua gestual)....


glóssico | adj.

Da língua ou a ela relativo....


generativo | adj.

Que é capaz de gerar o conjunto infinito das frases de uma língua por meio da aplicação de um conjunto finito de regras....


gutural | adj. 2 g.

Que se articula com aproximação da língua ao palato mole....


hamítico | adj.

Diz-se de várias línguas da África Setentrional....



Dúvidas linguísticas



Qual a forma correcta: perda de tempo ou perca de tempo?
As formas perda e perca são sinónimas, e encontram-se registadas como tal, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra Editora, 1966) e em dicionários como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002).

No entanto, a forma preferencial é perda, uma vez que a variante perca tem origem mais popular, devendo ser utilizada apenas em contextos mais informais.




Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).


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