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incendiamos

urente | adj. 2 g.

Que queima (ex.: dor urente)....


asteróide | n. m. | adj. 2 g.

Pequeno planeta telescópio....


boitatá | n. m.

Nome popular do fogo-fátuo....


urência | n. f.

Qualidade do que é urente ou ardente....


petroleiro | adj. | n. m.

Relativo a petróleo....


deflagrador | n. m. | adj. n. m.

Instrumento que serve para, de longe, incendiar substâncias explosivas....


alabarear | v. pron.

Acender-se, incendiar-se, irar-se....


faular | v. tr. | v. intr.

Lançar em forma de faúlas....


faulhar | v. tr. | v. intr.

Lançar em forma de faúlhas....


ignificar | v. tr. e pron.

Pôr ou ficar em combustão (ex.: ignificar vapores)....


incender | v. tr.

Incendiar; atear; inflamar....


incendiar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Pôr fogo a; fazer arder....


inflamar | v. tr. e pron. | v. intr.

Pôr ou ficar em chama, em combustão....


foguete | n. m.

Peça pirotécnica que, subindo alto, estraleja ou verte fogos de cores....


Hemistíquio de Virgílio, quando alude ao momento em que Eneias e os seus companheiros se dispõem a abandonar Tróia incendiada e alongam tristemente o olhar para as suas ruínas fumegantes....


Génio que protege os campos contra os que os incendeiam....


crepitar | v. intr.

Estalar como as faíscas que ressaltam da madeira incendiada, ou como o sal que se deita no fogo....



Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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