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festival

eurovisivo | adj.

Relativo à Eurovisão ou ao seu festival da canção (ex.: o cantor sobe hoje ao palco eurovisivo; fãs eurovisivos; festa eurovisiva)....


arte | n. f.

Conjunto das manifestações artísticas visuais desenvolvidas no espaço público, fora do contexto dos espaços artísticos tradicionais (ex.: festival de arte urbana)....


roda | n. f. | interj.

Círculo formado por capoeiristas em que se toca e canta enquanto se pratica a capoeira (ex.: o programa do festival inclui ateliês de artes plásticas, espectáculos de dança e teatro, grupos folclóricos e roda de capoeira). [Em 2014, a UNESCO considerou a roda de capoeira património cultural e imaterial da humanidade.]...


nicho | n. m.

Parte restrita de um conjunto mais alargado, com características específicas comuns (ex.: nicho de militantes com ambições regionalistas; o festival comprova a importância deste nicho da música erudita)....


tusto | n. m.

Pequena quantia de dinheiro (ex.: foram ao festival sem gastar um tusto). [Equivalente no português do Brasil: tusta.]...


titica | n. f.

Pessoa ou coisa sem qualidade, sem importância ou sem utilidade (ex.: o festival foi uma titica)....


muralista | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem se dedica a fazer pinturas ou obras gráficas, geralmente de grandes dimensões, sobre muros ou paredes (ex.: pintor muralista; foram convidados vários muralistas para o festival)....


indie | adj. 2 g. | n. m.

Que não tem um vínculo a uma grande editora ou produtora e tem geralmente características menos comerciais (ex.: festival indie)....


edição | n. f.

Cada uma das realizações de um evento ou programa (ex.: edição da noite do noticiário, festival de edição anual)....


metaleiro | adj. | adj. n. m.

Que ou quem compõe, toca ou interpreta música heavy metal (ex.: banda metaleira; festival reúne metaleiros famosos)....


rei | n. m. | adj. m. | n. m. pl.

Que é considerado o mais importante entre outros do mesmo género (ex.: o bacalhau será o prato rei do festival de gastronomia). [Como adjectivo, pode ser ligado por hífen ao nome que qualifica (ex.: astro-rei).]...


cartaz | n. m.

Conjunto dos artistas ou personalidades de um evento (ex.: o cartaz do festival já tem vários nomes importantes confirmados)....


mecenas | n. m. 2 núm.

Pessoa ou entidade que patrocina financeiramente um artista, instituição ou evento cultural (ex.: a associação encontrou um mecenas que vai apoiar o festival)....


festival | adj. 2 g. | n. m.

Festivo....


piromusical | adj. 2 g.

Que combina música e fogo-de-artifício (ex.: espectáculo piromusicais; festival piromusical; sessão piromusical)....


festivaleiro | adj. | adj. n. m.

Relativo a ou próprio de festival....


palco | n. m.

Plataforma elevada e geralmente nivelada onde se apresentam artistas (ex.: o festival conta com dois palcos ao ar livre)....


guarda | n. f. | n. 2 g.

Conjunto das pessoas mais novas de um grupo (ex.: o festival atrai um grande número de artistas da jovem guarda)....



Dúvidas linguísticas



Escreve-se interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Também tenho dúvidas se devo escrever pré-estabelecidas ou preestabelecidas.
A forma correcta é interdisciplinaridade, como poderá confirmar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Esta palavra resulta da aposição do prefixo inter- ao substantivo disciplinaridade, que, por sua vez, deriva da junção do sufixo -idade ao adjectivo disciplinar. A terminação -iedade não é um sufixo produtivo em português, pelo que a forma *interdisciplinariedade não se considera bem formada; as palavras terminadas em -iedade resultam normalmente da aposição do sufixo -edade a um adjectivo com a terminação átona -io (ex.: arbitrário > arbitrariedade; solidário > solidariedade) ou derivam directamente do latim (ex.: propriedade < latim proprietatis; variedade < latim varietatis).

Os dicionários de língua portuguesa registam as formas preestabelecer e preestabelecido, sem hífen, pois na sua formação está presente o prefixo pre-, com o qual nunca se usa hífen para fazer a separação do elemento posterior (ex.: prealegar, predefinição, preexistente). Este prefixo está relacionado com o sufixo pré-, que, segundo o Acordo Ortográfico, na base XXIX, exige sempre a utilização do hífen por se tratar de um prefixo com acentuação gráfica (ex.: pré-escolar, pré-histórico, pré-molar).




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).



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