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facezinha

ancípite | adj. 2 g.

Que tem duas faces ou cabeças....


bolachudo | adj.

Que tem faces rechonchudas (ex.: cara bolachuda)....


euriopse | adj. 2 g.

Diz-se da face cujo diâmetro bizigomático predomina sobre a altura....


façudo | adj.

Que tem faceira....


flanqueado | adj.

Defendido por meio de flanqueamento....


Diz-se dos cristais que só deixam ver metade das suas faces....


Do heptaedro ou a ele relativo; de sete faces....


isoédrico | adj.

Cujas faces são todas iguais....


miógono | adj.

Cujas faces formam ângulos que diminuem à medida que elas vão estreitando....


multiface | adj. 2 g.

Que apresenta várias faces....


oitavado | adj.

Que tem oito faces; octaédrico....


Diz-se de um cristal cuja superfície apresenta cinquenta faces....


perante | prep.

Ante; diante de; em face ou em presença de....


ressupino | adj.

Deitado com as costas no chão; voltado com a face ventral para cima....


súpero-anterior | adj. 2 g.

Situado na parte superior e na parte anterior (ex.: face súpero-anterior da coxa)....


Que tem quatro faces; que se refere ao tetraedro....



Dúvidas linguísticas



A frase Oh mãe, venha cá depressa! está incorrecta?
Como poderá constatar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a interjeição oh é usada para exprimir alegria, espanto, dor, repugnância ou para reforçar outro tipo de sentimento, pelo que, na frase que refere, o uso dessa interjeição não é adequado. Nestes casos, deverá ser usado o determinante apelativo ó, que antecede geralmente substantivos, pronomes pessoais ou possessivos e funciona com valor de vocativo, pois introduz interpelações ou chamamentos. Assim, a frase correcta será: Ó mãe, venha cá depressa!



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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