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despegar

deixado | adj.

Que não se importa....


escochado | adj.

Diz-se do grão mal cozido, cuja crosta superior está despegada do miolo....


despego | n. m.

Desapego, falta de afeição; desprezo de coisas mundanas; desinteresse; isenção....


despejo | n. m.

Acto ou efeito de despejar....


desapego | n. m.

Facilidade em deixar aquilo a que se tinha apego....


rapadoura | n. f.

Instrumento com que se rapa....


Tipo de aférese em que há supressão de fonemas ou letras no princípio da palavra devido a uma segmentação indevida, em português geralmente a- ou o- por confusão com um artigo (ex.: houve deglutinação na passagem do latim [ho]rologium ao português relógio ou do francês [a]vantage ao português vantagem)....


arrepelar | v. tr. | v. pron.

Despegar as folhas coladas....


desarar | v. intr. | v. tr.

Despegar-se (o casco da besta)....


desgrudar | v. tr. e pron.

Despegar (o que estava grudado)....


despegar | v. tr., intr. e pron. | v. intr. e pron.

Separar (o que está pegado)....


despejar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Vazar....


separar | v. tr. | v. pron.

Despegar-se....


descolar | v. tr. | v. intr.

Desligar....




Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Como se lê/escreve a palavra x-acto com o novo acordo ortográfico?

A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.

Outra grafia para designar o mesmo objecto é xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf. Base IV do Acordo Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.

Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto), o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.

Outros casos de palavras que sofreram o mesmo processo incluem, por exemplo, chiclete, fórmica, gilete, jipe, lambreta, licra, óscar, pírex, polaróide, rímel, tartã ou vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.



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