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coxinho

cambaio | adj.

De pernas tortas, geralmente metendo os joelhos para dentro....


súpero-anterior | adj. 2 g.

Situado na parte superior e na parte anterior (ex.: face súpero-anterior da coxa)....


zambro | adj.

Que tem pernas tortas....


Relativo ao ísquion ou à parte do osso ilíaco onde se articula o osso da coxa (ex.: tuberosidade isquiática)....


mancho | adj.

Que é coxo ou defeituoso (ex.: andar mancho do cavalo)....


femoroacetabular | adj. 2 g.

Relativo ao fémur e ao acetábulo ou cavidade do osso ilíaco onde o fémur se encaixa (ex.: conflito femoroacetabular, impacto femoroacetabular)....


chanqueta | n. f. | n. m.

Dobra ou acalcanhado no talão do calçado....


lambada | n. f.

Pancada com a mão; paulada; sova; tunda....


psoas | n. m. 2 núm.

Cada um dos dois pares de músculos que se inserem no osso ilíaco de cada um dos lados e que ajudam o movimento das coxas (ex.: grande psoas; pequeno psoas)....


quadril | n. m.

Parte do corpo humano compreendida entre a ilharga e a coxa....


rengo | n. m. | adj.

Tecido transparente, aplicado principalmente em bordados....


sodra | n. f.

Sulco que alguns cavalos têm nas coxas....


soldra | n. f.

Saliência na junção do osso da coxa com o da perna, nas cavalgaduras....


trocânter | n. m.

Cada uma das duas tuberosidades da parte superior do fémur....


canadiana | n. f.

Tipo de muleta que tem um apoio destinado às mãos e aos antebraços. (Equivalente no português do Brasil: muleta canadense.)...


cocha | n. f.

Cada um dos ramos que, torcidos, formam um cabo de embarcação....


cocho | n. m.

Tabuleiro para conduzir cal amassada....


ísquion | n. m.

Parte do osso ilíaco onde se articula o osso da coxa....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).


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