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capitulas

minúscula | n. f.

Letra mais pequena do que a sua correspondente maiúscula e geralmente usada na maior parte do texto, excepto em início de frase e em início de nomes próprios....


provigário | n. m.

Eclesiástico investido nas funções de vigário....


maiúscula | n. f.

Letra maior do que a sua correspondente minúscula e geralmente usada apenas em início de frase e em início de nomes próprios....


capitulante | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que capitula....


capitular | v. tr. | v. intr.

Combinar, contratar, mediante condições....


entregar | v. tr. | v. pron.

Pôr em poder de (outrem)....


parlamentar | v. tr. e intr.

Fazer ou aceitar propostas para a capitulação de uma praça, a conclusão de um armistício, etc....


render | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Prestar, pagar, satisfazer....


capitular | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g. n. f. | n. f. pl.

Relativo a capítulo, assembleia de dignidades eclesiásticas, ou a cabido....


capitulacionista | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g.

Que ou quem tem tendência ou sente vontade de capitular, de ceder ou de se entregar ao inimigo ou ao oponente....


capital | adj. 2 g. | n. f. | n. m.

Que importa ou diz respeito à cabeça....


versal | n. f. | adj. 2 g.

Letra maiúscula....


Tendência para ou vontade de capitular, de ceder ou de se entregar ao inimigo ou ao oponente....




Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.


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