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caçoamos

algibeira | n. f.

Compartimento de uma peça de vestuário que serve para guardar pequenos objectos....


caçoada | n. f.

Acção de caçoar....


caçoísta | n. 2 g.

Pessoa que gosta de caçoar....


caçoado | adj.

Que se caçoou; que foi alvo de troça ou escárnio....


bexigar | v. intr.

Caçoar, troçar....


envaretar | v. intr.

Ficar zangado ou amuado, com gracejos ou caçoadas....


mangar | v. tr. e intr.

Fingir seriedade, mentir por brincadeira (ex.: ela só pode está a mangar comigo; eles são uns brincalhões, estão sempre a mangar)....


pantear | v. tr. e intr.

Caçoar....


ridiculizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Tornar objecto de riso ou de chacota; meter a ridículo, fazer escárnio de....


ridicularizar | v. tr. | v. tr. e pron.

Tornar objecto de riso ou de chacota; meter a ridículo, fazer escárnio de....


zoar | v. intr. | v. tr. e intr.

Ter som forte e confuso....


derriçar | v. tr. | v. pron.

Desfazer o que está entrelaçado ou misturado....


debicar | v. tr. e intr. | v. intr.

Tirar com o bico uma pequena porção de uma coisa....


cacear | v. intr.

Desviar-se do rumo (ex.: o navio caceava)....


caçoar | v. tr. e intr.

Troçar, escarnecer....


bulir | v. tr. e intr. | v. tr. | v. intr.

Mover-se brandamente; agitar-se levemente (ex.: não havia nem uma brisa para bulir as folhas; estava tudo em silêncio e nada bulia)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).


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