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cúbicas

cúbico | adj.

Referente ao cubo....


safaria | adj. 2 g.

Diz-se de uma variedade de romã que tem bagos grandes e cúbicos....


trocisco | n. m.

Medicamento sólido, composto de substâncias pulverizadas, e que tem forma redonda, cónica, piramidal, cúbica, etc....


torianite | n. f.

Óxido de tório cúbico....


bornite | n. f.

Sulfureto de cobre e ferro cúbico, do qual se extrai o cobre....


estere | n. m.

Unidade de medida de volume para madeiras, equivalente a um metro cúbico....


metro | n. m.

Unidade de medida de comprimento do Sistema Internacional (símbolo: m) igual ao comprimento do trajecto percorrido no vácuo pela luz durante uma duração de 1/299 792 458 de segundo....


quilómetro | n. m.

Unidade de medida de comprimento que corresponde a mil metros....


grama | n. m.

Unidade de medida de massa (símbolo: g) equivalente à milésima parte do quilograma. [O grama representa sensivelmente a massa de um centímetro cúbico de água pura a 4°C.]...


caaba | n. f.

Templo, de forma cúbica, em Meca, na Arábia Saudita, da particular veneração dos muçulmanos....


centímetro | n. m.

Centésima parte do metro (símbolo: cm)....


cubicagem | n. f.

Acto ou efeito de cubicar; medição em unidades cúbicas....


ciclomotor | n. m.

Bicicleta com motor auxiliar de cilindrada inferior a 50 centímetros cúbicos....


velomotor | n. m.

Motocicleta ligeira, ou bicicleta equipada com um motor auxiliar cuja cilindrada não pode ultrapassar 125 centímetros cúbicos....


cubicar | v. tr.

Medir o volume de um sólido ou a capacidade de um espaço; medir em unidades cúbicas....


debitar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. tr. e intr.

Inscrever no débito de (ex.: debitar a prestação da casa)....


regasificar | v. tr.

Fazer voltar a um estado gasoso; transformar novamente em gás (ex.: o terminal tem capacidade para regasificar vários milhões de metros cúbicos por dia)....


cubomedusa | n. f. | n. f. pl.

Espécime das cubomedusas....


raiz | n. f.

Parte inferior das plantas, que geralmente cresce na direcção contrária à do crescimento do caule, com que elas se fixam ao solo e com que dele extraem água e sais minerais....



Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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