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bagos

Diz-se do cacho de uvas comprido, mas com poucos bagos....


ragóide | adj. 2 g.

Parecido a um bago de uva....


safaria | adj. 2 g.

Diz-se de uma variedade de romã que tem bagos grandes e cúbicos....


aciniforme | adj. 2 g.

Que tem forma de ácino ou de bago....


racemo | n. m.

Conjunto de bagos de uva unidos pelo pedúnculo à mesma haste....


ácino | n. m.

Bago de uva....


desengace | n. m.

Operação de desengaçar, de tirar os bagos de uva do engaço....


engaço | n. m.

Cacho de uvas despojado de bagos....


uva | n. f.

Cada um dos bagos que formam um cacho....


uveira | n. f.

Árvore a que se prende a vinha de enforcado....


úvula | n. f.

Apêndice carnudo, móvel e contráctil, em forma de bago de uva, que pende do véu palatino, à entrada da garganta....


bagalho | n. m.

Bago, especialmente de romã....


chumbeiro | n. m.

Obreiro que trabalha em chumbo....


ciselagem | n. f.

Operação que consiste em tirar os bagos de uvas defeituosos ou não desenvolvidos, para favorecer o desenvolvimento dos outros....


folhelho | n. m.

Película que envolve frutos ou sementes, como o bago da uva ou o grão da ervilha ou da fava, por exemplo....


grão | n. m.

Cada uma dos frutos ou das sementes de várias gramíneas e de alguns legumes....


ázeo | n. m.

Grupo de bagos no cacho....


bagada | n. f.

Grande quantidade de bagas ou bagos....




Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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