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anzóis

boiado | adj.

Diz-se do anzol, preso a linha comprida....


hamígero | adj.

Que tem pêlos recurvados em forma de anzol....


barcelada | n. f.

Fio para atar à pata do anzol....


empate | n. m.

Acto ou efeito de empatar....


gancho | n. m.

Ferro curvo de que se suspende ou com que se agarra alguma coisa....


garete | n. m.

Peixe pequeno, preso vivo no anzol, para servir de isca....


sacadela | n. f.

Acto ou efeito de puxar....


xarrasca | n. f.

Aparelho de linha e anzol, para a pesca de peixes com beiços carnudos, como o capatão, pargo, etc....


amostra | n. f.

Engodo artificial, geralmente com a forma de um peixe ou de um crustáceo, ornado com anzóis ou fateixas, usado na pesca de peixes predadores (ex.: amostra de vinil)....


espinhel | n. m.

Linha comprida de que saem outras linhas com anzóis de espaço em espaço....


isca | n. f. | interj.

Alimento que se põe no anzol, para atrair o peixe....


isco | n. m.

Engodo do anzol....


pesqueiro | n. m. | adj.

Fio com aselha numa extremidade e anzol na outra....


puxeiro | n. m.

Utensílio piscatório composto de uma vara com anzol....


polveira | n. f.

Aparelho destinado à pesca de polvos, geralmente com um orifício na extremidade que se prende à linha e uma coroa de anzóis na outra extremidade....


toneira | n. f.

Aparelho de pesca com um lastro de formato fusiforme, um orifício na extremidade que se prende à linha e uma coroa de anzóis na outra extremidade (ex.: toneira de chumbo; a toneira é usada na pesca da lula)....


anzol | n. m.

Gancho em que se arma a isca para pescar....


anzoleiro | n. m.

O que faz ou vende anzóis....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre a existência ou não da palavra desposicionado, ou seja, utilizo a expressão para dizer o contrário de posicionado. Por exemplo: Um jogador está bem posicionado no campo, ou está desposicionado (quando não está bem posicionado).
O verbo desposicionar (assim como o adjectivo participial desposicionado) não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas as pesquisas em corpora e na Internet evidenciam que se trata de palavra bastante usada actualmente em contextos desportivos, com o significado "sair da posição previamente definida" ou "deslocar-se da posição regulamentar".

Esta palavra tem uma formação regular através da aposição do prefixo des- (muito produtivo em português) ao verbo posicionar, pelo que, apesar de não se encontrar ainda atestada em obras lexicográficas, o seu uso é inteiramente lícito.




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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