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antraco-

antracito | n. m.

Carvão fóssil, negro e brilhante, de difícil combustão, que arde sem chama, sem fumo e sem cheiro....


antracomante | n. 2 g.

Pessoa que prediz o futuro por meio do exame de carvão incandescente; praticante de antracomancia....


antracite | n. f. | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Carvão fóssil, negro e brilhante, de difícil combustão, que arde sem chama, sem fumo e sem cheiro (ex.: técnicas de purificação da antracite)....


Adivinhação pelo exame de carvão incandescente....


antraco- | elem. de comp.

Exprime a noção de carvão (ex.: antracolítico; antracologia)....


antracologia | n. f.

Estudo de carvões vegetais provenientes do solo ou de sítios arqueológicos....


antracnose | n. f.

Doença causada por um fungo parasita de algumas plantas, em especial da videira, que causa manchas escuras e apodrecimento....


antracolítico | n. m. | adj.

Denominação que engloba os períodos Carbónico e Pérmico. (Geralmente com inicial maiúscula.)...


antracose | n. f.

Doença do aparelho respiratório causada pela inalação de poeiras de carvão....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se a palavra conscientizar existe. Temos tido algum debate sobre isso porque, apesar de muito usada, não consta aqui no dicionário.
O verbo conscientizar encontra-se registado no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Este verbo é formado através da adjunção do sufixo -izar (que é muito produtivo na formação de verbos) ao adjectivo consciente, para obter o significado "tornar consciente" ou "fazer perceber". Este verbo é sinónimo de consciencializar, que, por sua vez, se forma pela adjunção do mesmo sufixo -izar ao adjectivo consciencial (adjectivo pouco usado, que designa aquilo que é relativo à consciência). Pesquisas em corpora e motores de busca na internet parecem indicar que o verbo conscientizar é mais usado no Brasil e que o verbo consciencializar é mais usado em Portugal.



Como se designam as palavras que derivam do mesmo étimo latino como mágoa, mancha e mácula?
As palavras mágoa, mancha e mácula (a este grupo poderia acrescentar-se as palavras malha e mangra) são exemplos de palavras divergentes, isto é, palavras com o mesmo étimo latino (macula, -ae) que evoluiu para várias formas diferentes. Neste caso específico, as palavras mágoa, mancha, malha ou mangra chegaram ao português por via popular, apresentando cada uma delas diferentes fenómenos regulares de evolução: mágoa sofreu a queda do -l- intervocálico e a sonorização do -c- intervocálico (macula > *macua > *magua > mágoa); mancha sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- (macula > *mãcula > *mãcla > mancha); malha sofreu a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- em -lh- (macula > *macla > malha); mangra sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico, o rotacismo do -l- e a sonorização do -c- (macula > *mãcula > *mãcla > *mãcra > mangra). A palavra mácula chegou ao português por via erudita, apresentando uma forma quase idêntica ao étimo latino.

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