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acomodar

barcarola | n. f.

Canção de barqueiros italianos, em especial de gondoleiros venezianos....


Composição poética de Anacreonte ou acomodada ao gosto dele....


tessitura | n. f.

Disposição das notas musicais para se acomodarem a certa voz ou instrumento....


boceteira | n. f.

Vendedora ambulante de miudezas e rendas acomodadas em caixas vulgarmente chamadas bocetas....


Acto ou efeito de reacomodar ou de se reacomodar; nova acomodação....


Espécie de estojo em que se acomoda o relógio, quando se não traz na algibeira....


porta-toalhas | n. m. 2 núm.

Cabide ou suporte para acomodar toalhas nos lavabos e casas de banho....


Qualidade do que é benévolo ou benevolente....


acomodação | n. f. | n. f. pl.

Acto ou efeito de acomodar; colocação, emprego; adaptação; conciliação....


aboletar | v. tr. | v. tr. e pron.

Alojar por meio de boleto; aquartelar soldados em casas particulares....


acomodar | v. tr. | v. pron.

Arrumar ou dispor com ordem e carácter de permanência....




Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Gostaria de saber qual é o processo de derivação utilizado na palavra vaidoso.
A palavra vaidoso é formada por sufixação, através da junção do sufixo -oso ao substantivo vaidade, com haplologia (processo morfofonológico que ocorre entre duas sílabas contíguas, iguais ou semelhantes, e que consiste na supressão de uma delas): vaidade + -oso > *vaidadoso > vaidoso.

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