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Seriadas

lento | adj. | adv.

Vagaroso; moroso; ronceiro; que dura ou parece durar muito mais do que seria para desejar....


Que está disposto em três séries (ex.: raios trisseriados)....


sumição | n. f.

Descaminho; desaparecimento. (Sumiço seria a forma preferível.)...


Cadeia de transmissão de uma doença contagiosa provocada por um único indivíduo que infecta um grande número de outros indivíduos, muito superior ao que seria normal ou habitual....


Cadeia de transmissão de uma doença contagiosa provocada por um único indivíduo que infecta um grande número de outros indivíduos, muito superior ao que seria normal ou habitual....


antemão | n. f. | adv.

Parte anterior do corpo do cavalo....


Alegação de que o acusado seria digno de louvor se houvesse praticado o que lhe imputam....


clone | n. m.

Indivíduo ou população de indivíduos provenientes da produção vegetativa ou assexuada de um mesmo indivíduo....


Sistema político ou ideologia cujo fim seria reunir todos os povos islâmicos....


parsec | n. m.

Unidade astronómica de distância equivalente à distância de uma estrela cuja paralaxe anual seria de um segundo de arco. (O parsec equivale a 3,26 anos-luz, ou seja, 3,08 x 1013 quilómetros.)...


série | n. f.

Sucessão de coisas que se continuam ou que vêm umas após outras....


seriado | adj. | n. m.

Que se seriou....


Acto ou efeito de subnotificar ou de notificar menos do que seria esperado ou devido (ex.: subnotificação da doença; subnotificação de acidentes de trabalho)....


Acto ou efeito de subaproveitar ou de aproveitar menos do que seria possível ou desejável....


sorte | n. f. | n. f. pl.

Combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável....


Acto ou efeito de subutilizar ou de utilizar menos do que seria possível ou desejável....


subuso | n. m.

Acto ou efeito de subusar ou de usar menos do que seria possível ou desejável....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Qual a escrita correcta para o planeta? Urano ou Úrano?
Os vocabulários tidos como as maiores referências para o português europeu (Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves e Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado) registam apenas a forma Úrano, referindo Rebelo Gonçalves que a forma Urano, apesar de corrente, “é inexacta”. Esta indicação deve-se à forma latina Uranus, em que o U da antepenúltima sílaba é uma vogal longa (sendo o -a- da penúltima sílaba uma vogal breve), o que corresponde geralmente a uma palavra esdrúxula em português.

No entanto, parece ter havido uma regularização da acentuação da palavra (em português, o padrão mais regular de acentuação é o das palavras graves, isto é, acentuadas na penúltima sílaba), e é de facto muito corrente a forma Urano, inclusivamente com registo em dicionários. Por este motivo, e apesar de a forma Úrano ser a preferida pelos autores mais puristas, pode hoje considerar-se aceitável também a forma Urano.


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