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NEGLIGENCIA

Tendência de certos psicólogos americanos que concebem a psicologia unicamente como o estudo das operações do comportamento, negligenciando os dados não exteriorizados da consciência (Stevens, Boring, Skinner)....


descuidar | v. tr. e pron. | v. pron.

Tratar ou fazer algo com descuido; perder ou não ter cuidado....


desinteressar | v. tr. | v. pron.

Tirar o interesse a ou provocar indiferença....


desmazelar | v. tr. e pron.

Não cuidar de algo ou de si próprio....


saltar | v. tr. e intr. | v. intr. | v. tr.

Transpor por meio de um salto (ex.: saltar uma fogueira; o cavalo tem de confiar no cavaleiro para saltar)....


transcurar | v. tr.

Descurar; negligenciar; preterir....


desleixar | v. tr. e pron.

Tratar ou tratar-se com pouco cuidado ou com pouca atenção (ex.: desleixar o trabalho; começou a desleixar-se com a higiene)....


Que se negligenciou ou foi alvo de negligência....


barata | n. f.

Designação dada a vários insectos ortópteros da família dos blatídeos, de corpo achatado, geralmente de hábitos nocturnos....


outsider | n. 2 g.

Concorrente cujas hipóteses de ganhar uma competição são reduzidas, mas não negligenciáveis (por oposição a favorito)....


negligenciar | v. tr. e pron.

Tratar(-se) com negligência....


negligenciável | adj. 2 g.

Que se pode negligenciar ou é passível de ser negligenciado....



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.


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