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Inteiro

indiviso | adj.

Que não está dividido; inteiro; não repartido....


sincero | adj.

Que é verdadeiro e espontâneo....


toda | pron. indef. | adj.

Uma qualquer....


pam- | pref.

O mesmo que pan-....


panto- | elem. de comp.

Exprime a noção de totalidade (ex.: pantograma)....


Que corresponde a metade (ex.: spin semi-inteiro)....


De modo inteiro, completo ou total (ex.: a responsabilidade é inteiramente nossa)....


De modo completo ou por inteiro (ex.: enganar-se redondamente)....


ad corpus | loc.

Que é feito por inteiro (ex.: venda de imóvel ad corpus)....


A coisa no seu primitivo estado, sem ter sofrido alteração....


Por toda a parte (ex.: espalhar uma notícia urbi et orbi); palavras que fazem parte da bênção do Sumo Pontífice para significar que ela se estende ao universo inteiro....


Diz-se da deiscência dos frutos quando a rotura se dá no septo, o qual fica livre e inteiro....


ecuménico | adj.

Relativo ao universo, a toda a terra habitada....


calaburço | n. m.

Infusa ou bilha com o bojo inteiro e a asa ou o gargalo partidos....


sobrecasaca | n. f.

Casaco curto à frente, abotoado até à cintura, e comprido atrás, de abas inteiras em toda a roda....


factorial | adj. 2 g. | n. m.

Produto dos números inteiros positivos menores ou iguais ao número inteiro positivo n [símbolo: n!] (ex.: o factorial 5! representa 5x4x3x2x1)....


bosão | n. m.

Partícula de spin inteiro que obedece à estatística de Bose-Einstein (mesões, fotões, etc.)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.


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