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óculo

unóculo | adj.

Que tem só um olho....


Designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas, como as palavras calças ou óculos....


lacrativo | adj.

Que se distingue pela excelência, pela qualidade ou pelo sucesso (ex.: óculos lacrativos)....


pincenê | n. m.

Óculos, sem hastes laterais, que se prendem ao nariz com uma mola....


antolhos | n. m. pl.

Vidros de cor escura que se colocam lateralmente nos óculos....


cangalha | n. f. | n. f. pl.

Carro puxado por um só boi....


canóculo | n. m.

Óculo de ver ao longe....


clarabóia | n. f.

Fresta ou óculo numa parede para passagem da claridade ou do ar....


poliscópio | n. m.

Óculo que multiplica os objectos....


tartaruga | n. f. | n. 2 g.

Substância feita de concha de tartaruga ou semelhante a esta (ex.: óculos de tartaruga)....


vida | n. f.

Ficar destruído ou estragado (ex.: os óculos foram à vida)....


oculista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou aquele que fabrica ou vende óculos e lunetas....


óptica | n. f.

Estabelecimento comercial especializado em óculos ou em instrumentos ópticos....


vidro | n. m.

Lente de óculos ou de luneta....


retro | adj. 2 g. 2 núm.

Que imita um estilo passado ou anterior (ex.: estilo retro; moda retro; óculos retro; sandálias retro)....


modernoso | adj. n. m.

Que ou o que é pretensamente moderno e de mau gosto (ex.: comprou uns óculos daqueles bem modernosos; não gosto muito dessa modernosa)....


pince-nez | n. m. 2 núm.

Óculos, sem hastes laterais, que se prendem ao nariz com uma mola....


pencenê | n. m.

Óculos, sem hastes laterais, que se prendem ao nariz com uma mola....



Dúvidas linguísticas



Com a nova terminologia como é classificada a palavra "inverno"? Nome próprio ou comum? Esta dúvida prende-se ao facto de este vocábulo passar a ser escrito com letra minúscula por força do novo acordo ortográfico.
A classificação da palavra "inverno" não muda com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, pois este acordo visa alterar apenas a ortografia e não a classificação das classes de palavras.

Para além da convenção de usar maiúsculas em início de frase e das opções estilísticas de cada utilizador da língua, o uso de maiúsculas está previsto pelos documentos legais que regulam a ortografia do português (o Acordo Ortográfico de 1990, ou, anteriormente, o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu, e o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil).

O Acordo Ortográfico de 1990 deixou de obrigar as maiúsculas, por exemplo, nas estações do ano, mas deve referir-se que o Acordo Ortográfico de 1945 também não obrigava a maiúscula inicial nas palavras "inverno", "primavera", "verão" e "outono" nos significados que não correspondem a estações do ano (ex.: o menino já tem 12 primaveras [=anos]; este ano não tivemos verão [=tempo quente]; o outono da vida).

Um nome próprio designa um indivíduo ou uma entidade única, específica e definida. Antes ou depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, a palavra "inverno" tem um comportamento que a aproxima de um nome comum, pois admite restrições (ex.: tivemos um inverno seco ) e pode variar em número (ex.: já passámos vários invernos no Porto), havendo inclusivamente uma acepção da palavra em que é sinónima de "ano" (ex.: era um homem já com muitos invernos).

A reflexão acima aplica-se a outras divisões do calendário (nomeadamente nomes de meses e outras estações do ano).




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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