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Lote

A forma Lotepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de lotarlotar], [terceira pessoa singular do imperativo de lotarlotar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de lotarlotar] ou [nome masculino].

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lotelote
( lo·te

lo·te

)


nome masculino

1. Parte de um todo que se divide ou reparte.

2. Cada uma das partes de um todo para ser vendida ou entregue a quem de direito. = QUINHÃO

3. Parcela de terreno que resulta de uma divisão, geralmente destinada à edificação ou a pequena exploração agrícola.

4. Objecto ou grupo de objectos que é leiloado de uma só vez.

5. Grupo de objectos ou de coisas com características comuns.

6. Conjunto de várias unidades do mesmo artigo.

7. Classe, qualidade.

8. Grupo.

9. [Brasil] [Brasil] Grupo de bestas de carga, cujo número não excede ordinariamente dez.

10. [Antigo] [Antigo] [Marinha] [Marinha] Tonelagem ou capacidade de um navio (ex.: avistaram dois navios de pequeno lote).

etimologiaOrigem etimológica:francês lot.

lotarlotar
( lo·tar

lo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer lotação de.

2. Determinar, calcular a lotação de.

3. Dividir em lotes.

4. Misturar (vinhos) para melhorar a qualidade.

etimologiaOrigem etimológica:lote + -ar.

iconeConfrontar: lutar.
LoteLote

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Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Como se deve dizer: alcoolemia ou alcoolémia?
Apesar de a forma esdrúxula alcoolémia ser bastante usual hoje em dia, a forma alcoolemia é considerada mais correcta e vernácula, porque segue as regras de acentuação das palavras formadas com o elemento de origem grega –emia (derivado do grego haîma, -atos, que significa “sangue”, a que se junta o sufixo tónico -ia), cujo acento de intensidade recai na sílaba mi.

Embora -emia seja um sufixo formador de palavras do português, esta sequência já surgia em grego em palavras graves como anaimía (que deu origem a anemia) ou euaimía (que deu origem a euemia).

O mesmo se aplica a outras palavras como glicemia/glicémia, hiperemia/hiperémia, septicemia/septicémia, muito frequentemente tomadas como palavras esdrúxulas, mas cuja origem e formação pressupõem a acentuação na penúltima sílaba.