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Costinha

A forma Costinhapode ser [derivação feminino singular de costacosta] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
costinhacostinha
( cos·ti·nha

cos·ti·nha

)


nome feminino

1. Pequena costa de brunir calçado.

2. Costela (do corpo).

3. [Viticultura] [Viticultura] Casta de uvas.

costacosta
( cos·ta

cos·ta

)
Imagem

Parte exterior do corpo desde o pescoço até à região lombar.


nome feminino

1. Parte da terra firme que emerge do mar ou por ele é banhada. = BEIRA-MAR, LITORAL, PRAIA

2. [Por extensão] [Por extensão] Mar próximo à costa.

3. Zona junto a uma massa de água, como rio, lago, etc.

4. Região inclinada. = ENCOSTA, LADEIRA

5. Utensílio para brunir a sola do calçado.

6. Acha.

7. Nervura principal de algumas folhas. = COSTELA

costas


nome feminino plural

8. Parte exterior do corpo desde o pescoço até à região lombar.Imagem = DORSO

9. Dorso do animal. = LOMBO

10. Parte do vestuário que cobre as costas.

11. Parte traseira.

12. Encosto do assento. = ESPALDAR

13. Parte oposta ao fio de um instrumento cortante.

14. Parte posterior de certas coisas.

15. [Desporto] [Esporte] Estilo de natação em que o corpo fica virado de barriga para cima, que as pernas batem na água de forma contínua e os braços movimentam-se alternadamente em movimentos rotativos.


costas largas

[Figurado] [Figurado] Capacidade para assumir uma responsabilidade ou culpas de outrem (ex.: ter as costas largas; fica tudo nas costas largas do novo governo).

dar à costa

Naufragar junto à terra.

[Figurado] [Figurado] Falir.

de costas voltadas

[Figurado] [Figurado] Em conflito (ex.: sindicato e ministério continuam de costas voltadas).

ter as costas quentes

[Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Não ter receio, por confiar na protecção de alguém.

etimologiaOrigem etimológica:latim costa, -ae, costela, ilharga, lado.
Confrontar: custa.
CostinhaCostinha


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




O que é que "tôu" significa? Aqui está a referência em Português, de uma canção de Ed Motta, famoso cantador brasileiro: "Tôu com alguém que me tirou do normal".
O verbo estar é por vezes usado oralmente em contextos informais na sua forma aferética tar, com supressão da sílaba inicial es- (ex.: Eu [es]tou com fome; Ela [es] atrasada; Nós [es]tamos sem paciência; Eles [es]tão muito animados). A forma aferética da primeira pessoa do singular do presente do indicativo (tou) pode também ser transcrita informalmente como , dado ser uma grafia mais económica que reproduz o mesmo som.

A grafia tôu, que menciona na sua dúvida, resulta provavelmente da confusão das duas grafias anteriores e não deverá ser usada porque não respeita as regras de acentuação do português.

Sublinhe-se que em contextos não informais estas formas reduzidas deverão ser evitadas.