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Cortes

Será que queria dizer cortês?

A forma Cortespode ser [feminino plural de cortecorte], [masculino plural de cortecorte], [segunda pessoa singular do presente do conjuntivo de cortarcortar], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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corte4corte4
|ô| |ô|
( cor·te

cor·te

)


nome feminino

1. Residência de um soberano. = PAÇO

2. Conjunto de pessoas que rodeia habitualmente o soberano. = PAÇO

3. Cidade ou localidade em que reside o soberano.

4. Conjunto de pessoas que rodeia habitualmente uma personalidade.

5. Conjunto de acções ou afirmações para conquistar alguém. = GALANTEIO, NAMORO

cortes


nome feminino plural

6. Parlamento.

7. [História] [História] Assembleia dos procuradores da nobreza, do clero e das cidades e vilas reunida por convocação régia.


corte celestial

[Religião] [Religião]  Conjunto dos anjos e dos santos que estão à volta de Deus.

corte marcial

Tribunal que julga crimes de natureza militar ou crimes de guerra.

fazer a corte

Tentar conquistar o amor ou o interesse de alguém. = CORTEJAR, GALANTEAR

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar cors, -ortis, do latim cohors, -ortis, pátio, curral.

iconeConfrontar: coorte.
corte1corte1
|ó| |ó|
( cor·te

cor·te

)
Imagem

Lado afiado de faca, de navalha ou de outro instrumento cortante, por oposição à cota.


nome masculino

1. Acto ou efeito de cortar.

2. Interrupção de um processo, de uma acção, de um efeito, de uma ligação (ex.: corte de energia; corte de relações).

3. Incisão ou golpe, geralmente com instrumento afiado.

4. Lado afiado de faca, de navalha ou de outro instrumento cortante, por oposição à cota.Imagem = FIO, GUME, RELEIXO

5. Talho de carne feito em açougue ou matadouro.

6. Modo como se corta o cabelo (ex.: corte curto; corte escadeado).

7. Modo de talhar uma peça de roupa.

8. Plano de uma construção.

9. Representação gráfica de parte do interior de um objecto ou de um espaço (ex.: corte longitudinal; corte transversal). = SECÇÃO

10. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Cada uma das faces da aduela de um arco de edifício.

11. Peça de pano suficiente para um objecto de vestuário.

12. Diminuição de dimensão ou de quantidade (ex.: corte orçamental).

13. Supressão, eliminação (ex.: corte de gastos).

14. [Encadernação] [Encadernação] Cada uma das três superfícies exteriores formadas pela reunião das folhas quando o livro está fechado (ex.: corte côncavo; corte de cima; corte da frente).Imagem

15. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pessoa que estraga o prazer das outras. = DESMANCHA-PRAZERES

16. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pessoa que recua ou se nega depois de ter prometido ou combinado algo.

17. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Hábito de censurar ou de dizer mal de pessoas ou coisas (ex.: ele passa a vida no corte).

18. [Gíria] [Gíria] Roubo.

19. [Brasil] [Brasil] Passagem aberta através de um morro.


corte de abertura

[Encadernação] [Encadernação]  Superfície exterior do livro que se opõe à lombada.Imagem = DIANTEIRA, FRENTE

corte decorado

[Encadernação] [Encadernação]  Corte do livro que serve de suporte de decoração.

corte pintado

[Encadernação] [Encadernação]  Corte do livro que levou uma camada uniforme de tinta.Imagem

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de cortar.

iconeConfrontar: coorte.
corte2corte2
|ó| |ó|
( cor·te

cor·te

)
Imagem

Área descoberta cercada ou recinto coberto fechado onde se recolhe o gado.


nome feminino

1. Área descoberta cercada ou recinto coberto fechado onde se recolhe o gado.Imagem = CURRAL

2. Divisão de uma pocilga.

etimologiaOrigem etimológica:latim cohors, -ortis, pátio, curral.

iconeConfrontar: coorte.
corte3corte3
|ó| |ó|
( cor·te

cor·te

)


nome masculino

[Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte] Campo de ténis (ex.: fora do corte, os tenistas não têm qualquer rivalidade).

etimologiaOrigem etimológica:inglês court.

iconeConfrontar: coorte.
cortarcortar
( cor·tar

cor·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Separar ou dividir por meio de instrumento cortante.

2. Dar golpe ou corte em.

3. Ferir-se em.

4. Encurtar.

5. Aparar.

6. Abater; proceder ao corte de.

7. Interceptar.

8. Amputar.

9. Abrir caminho, fendendo. = SULCAR

10. Gretar, fender.

11. Cruzar.

12. Atalhar.

13. Interromper.

14. Suprimir, eliminar.

15. Talhar (roupa).

16. Repassar, transir.

17. Causar impressão dolorosa.


verbo intransitivo

18. Dar golpe; fazer incisão.

19. Atravessar, cruzar, fazer caminho.

20. Fazer transir.


verbo pronominal

21. Ferir-se, fender-se pelas dobras.

22. Contradizer-se.

23. Perder o fio ao discurso.

24. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Não comparecer ou escusar-se a fazer alguma coisa (ex.: ele corta-se sempre às festas de aniversário).

etimologiaOrigem etimológica:latim curto, -are.

CortesCortes

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se, se eu escrever como escrevia anteriormente (com a ortografia anterior ao Acordo Ortográfico), está ortograficamente errado ou também é aceite? Exemplo: "correcto" ou "correto"? Qual deles está oficialmente? Ou estarão os dois?
Quando o novo Acordo Ortográfico estiver em vigor em Portugal, apenas a forma "correto" será considerada ortograficamente certa, correspondendo a forma "correcto" a uma grafia anterior à vigência do acordo, uma vez que este preconiza que não sejam escritas as consoantes que não são proferidas na chamada norma culta (base IV, 1.º, alínea b).
O utilizador da língua pode optar por utilizar a nova ortografia ou não, uma vez que não pratica qualquer ilícito contravencional, isto é, manter a ortografia anterior ao novo Acordo Ortográfico não tem qualquer consequência legal, mesmo após o período de transição de 6 anos previsto legalmente (em Portugal). No entanto, quando houver uma generalização da nova ortografia, nomeadamente na comunicação social e em contexto escolar, pode ser importante e útil a aprendizagem dessa nova ortografia por motivos sociais e profissionais. A partir de determinada altura, a noção de erro ortográfico vai abranger formas que actualmente são práticas correntes, da mesma forma que actualmente são considerados erros ortográficos práticas ortográficas alteradas pelo Acordo de 1945 (como diccionário ou sciência), ou pela alteração de 1973 (como pràticamente ou sòzinho).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).